Por Marcela Couto (da Redação)
Em junho deste ano, os EUA proibiram o comércio de marfim na tentativa de salvar os elefantes vítimas dos caçadores. Pouco depois, foi a vez da África pressionar o Reino Unido para proibir a caça dos animais, logo após uma operação massiva que realocou 500 elefantes para salvá-los da extinção.
Na mídia e entre celebridades, a hashtag #SaveTheElephants tornou-se um grito de guerra, engajando figuras públicas como Leonardo DiCaprio e Lupita Nyong’o na causa. Agora se aproxima uma das datas mais importantes que marca a luta em defesa dos elefantes: o World Elephant Day (Dia Mundial dos Elefantes), no dia 12 de agosto.
A data foi criada em 2012, para chamar a atenção para a situação urgente de elefantes asiáticos e africanos. Apesar de os elefantes serem amados, reverenciados e respeitados em várias culturas ao redor do mundo, a espécie está à beira da extinção devido à violência e irresponsabilidade humanas.
“Admiramos elefantes em parte porque eles demonstram que consideramos os melhores traços humanos: empatia, auto-consciência e inteligência social. Mas a maneira como os tratamos só coloca em exposição o pior do comportamento humano,” declara Graydon Carter, editor da Vanity Fair, ao site oficial da campanha.
O número de elefantes caiu 62% nos últimos dez anos, e eles podem ser praticamente extintos até o final da próxima década. Estima-se que 100 elefantes africanos são mortos a cada dia por caçadores em busca de marfim, carne e partes do corpo, deixando apenas 400.000 restantes, segundo . Um desejo insaciável de produtos de marfim no mercado asiático faz com que o comércio ilegal de marfim seja extremamente rentável, o que levou ao assassinato de dezenas de milhares de elefantes africanos. Entre 2010 e 2014, o preço do marfim na China triplicou, piorando ainda mais o cenário.
Para salvar essa espécie magnífica da ganância humana, é preciso lutar por políticas de proteção rígidas para elefantes, tanto a nível local quanto internacional, proibindo definitivamente a caça e o comércio de marfim. Além disso, é preciso investir na melhor gestão dos habitats e na educação sobre o papel vital do elefante nos ecossistemas. Como medida emergencial, há também a reintrodução de elefantes cativos em santuários, que permitem a reposição natural das populações ameaçadas.
Estes são apenas alguns dos objetivos lançados pelas organizações em defesa dos elefantes pelo mundo todo, e elas precisam da ajuda de todos nós para continuar lutando pelos direitos dessa espécie. Uma das formas de ajudar é assinando a petição da campanha mundial e fazendo doações, mas também compartilhando e espalhando a ideia para que mais pessoas se sensibilizem com a situação dos elefantes e transmitam a mensagem da compaixão e respeito adiante.