EnglishEspañolPortuguês

Dezenas de elefantes forçados a se apresentar para turistas na Tailândia são libertados

12 de janeiro de 2020
4 min. de leitura
A-
A+
Foto: ViralPress
Foto: ViralPress

Dezenas de elefantes acorrentados que sofreram anos de angústia psicológica ao serem forçados a fazer truques para turistas foram libertados de seus grilhões na Tailândia após um clamor internacional.

Imagens comoventes divulgadas hoje mostram os animais pastando livre e divertidamente interagindo entre si no acampamento de elefantes, Maesa Elephant Camp, em Chiang Mai.

As condições “cruéis” que existiam no local foram expostas em novembro passado por ativistas que revelaram que os bebês elefantes eram “arrancados de suas mães” e depois forçados a aprender atividades antinaturais como pintar quadros, chutar bolas de futebol e jogar dardos.

Mas os responsáveis pelo local começaram a remover as algemas e estão permitindo que alguns de seus 77 elefantes vaguem livremente pelo local.

A executiva Anchalee Kalamaphichit que trabalha no acampamento disse que planejava remover as correntes de todos os elefantes nas próximas semanas.

Ela disse: “O centro é criticado há muito tempo sobre como prendemos os animais aqui, então decidimos libertá-los”.

Foto: ViralPress
Foto: ViralPress

“No entanto, viver livremente é uma coisa nova para esses elefantes. Eles precisam de tempo para se adaptarem à sua nova maneira de viver, então escolhemos começar com o mais velho e amigável dos elefantes”.

“Estamos satisfeitos por eles parecerem mais felizes vivendo sem correntes ou mahouts (manipuladores/treinadores de elefantes) e estamos preparando os demais para que possamos libertar o resto deles em breve”.

O grupo de defesa dos animais britânico Moving Animals – que expôs a situação dos elefantes no ano passado – disse estar encantado com as mudanças.

Foto: ViralPress
Foto: ViralPress

A fundadora Amy Jones disse: “É incrível ver esses elefantes vivendo livremente sem suas correntes”.

“Com mais de 70 elefantes em cativeiro, o Maesa Elephant Camp é o maior campo de elefantes do norte da Tailândia”.

Sua decisão compassiva envia uma mensagem poderosa para a indústria do turismo de elefantes e estabelece um claro precedente para a mudança.

Foto: ViralPress
Foto: ViralPress

“Com a ABTA – a maior associação de viagens do Reino Unido – atualizando suas diretrizes para condenar interações antiéticas de elefantes, esperamos que mais e mais atrações turísticas façam mudanças positivas, para que nenhum animal sofra com o entretenimento turístico”.

No ano passado, os ativistas da Moving Animals viram elefantes balançando os corpos compulsivamente, em um “sinal claro da angústia psicológica que enfrentam”.

Eles filmaram elefantes sendo arrastados pelas orelhas e atingidos por ganchos afiados (bullhocks) pelos guardiões.

Jones disse que os filhotes foram forçados a passar “pelo processo tradicional e brutal, de dias ou semanas, de quebrar o espírito de um jovem elefante”.

Ela acrescentou: “É de partir o coração pensar que esses bebês inocentes do viveiro de elefantes Maesa estão no início de uma vida de cativeiro que contará com ganchos agudos, performances cruéis e estresse psicológico grave”.

Foto: ViralPress
Foto: ViralPress

A Moving Animals, no ano passado, pediu a proibição total da publicidade e venda de passeios de elefante “antiéticos” a “lugares cruéis como o Maesa Elephant Nursery”.

“Os elefantes continuam a enfrentar brutalidade física implacável e sofrimento psicológico para participar de passeios, procissões e apresentações”, disseram eles.

As viagens “também são altamente perigosas para os turistas que são frequentemente atacados e às vezes mortos por elefantes estressados”, acrescentaram. As informações são do Daily Mail.

Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

Você viu?

Ir para o topo