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Defensores de animais pedem investigação sobre a morte de elefanta explorada em circo e zoo

5 de agosto de 2010
3 min. de leitura
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Por Lilian Regato Garrafa  (da Redação)

Elefanta Dondi, em uma de suas obrigatórias performances (Foto: Circus 4 Youth)

Um grupo de direitos dos animais está pedindo uma investigação sobre a morte do Dondi, a elefanta que atuou por anos no Flea World, em Sanford, e morreu em um zoológico de Massachusetts, EUA, na semana passada.
O grupo In Defense of Animals, que é contra a manutenção de elefantes em cativeiro, disse que a morte inesperada de Dondi, aos 36 anos, acende um sinal vermelho. Os elefantes asiáticos, como Dondi, que foi capturada em 1974 na Tailândia, têm uma vida natural de 60 a 70 anos.
De acordo com o Orlando Sentinel, durante seis meses do ano Dondi vivia no zoológico em Massachusetts e na outra metade do ano realizava shows no Flea World, em Sanford. A elefanta morreu na quarta-feira (28).
(Foto: Circus 4 Youth)

O grupo alega que o habitat do elefante no jardim zoológico era inadequado para Dondi, consistia apenas em um círculo de terra, sem sombra ou piscina. Além disso zoos são ambientes totalmente inadequados a qualquer tipo de animais, principalmente “animais sociais por natureza”, como elefantes.
O treinador disse não saber o que causou a morte de Dondi, mas afirmou que ela havia parado de comer e ficou doente por duas ou três semanas, período em que ela não vinha fazendo performances.
“Ela tinha colite, uma inflamação do cólon, perdeu peso e tinham problemas de dente”, disse o adestrador.
O zoológico enviou amostras de tecidos para um laboratório e espera ter resultados em três ou quatro dias. Uma autópsia está sendo feita  na Universidade Tufts.
O grupo In Defense of Animals enviou uma carta solicitando ao Departamento de Agricultura dos EUA que investigue a morte do animal e pediu ao zoológico a liberação dos registros de saúde de Dondi.
Assista a uma das deprimentes apresentações da elefanta Dondi no circo:

Um domador obrigando animais a se humilharem em truques tolos sobre banquinhos ou forçando-os a desafiarem os próprios instintos básicos é um espetáculo medíocre. Os circos sem dúvida devem sobreviver como uma forma tradicional de cultura e espetáculo. Mas sem animais, domadores e jaulas. Retirar um elefante de seu habitat e colocá-lo em uma vida de sofrimento, maus-tratos e escravidão para faturar uns trocados a mais na bilheteria é inaceitável. Uma sociedade civilizada não pode permitir que isso continue a ser parte do show. Não é mesmo surpreendente a curta vida desses animais, alheios a tudo que lhes seria direito por natureza. Estudos comprovam que todos os animais sofrem em cativeiro.
Nos circos, os elefantes, em especial, são vítimas de abuso e maus-tratos, como estes:

– Antes de chegarem ao circo, passam por meses de tortura. São amarrados sentados, numa jaula onde não se podem mexer, para que o peso comprima os órgãos internos e cause dor.

– Levam surras diárias, ficam sobre seus próprios excrementos, até que seu “espírito seja quebrado” e passem a obedecer.

– Sofrem de problemas nas patas por falta de exercício, pois na natureza os elefantes andam dezenas de quilômetros diariamente.

– No circo, os elefantes permanecem acorrentados o tempo inteiro. Mexer constantemente a cabeça é uma das características da depressão causada pelo cativeiro.

Os elefantes são animais que vivem em grupos com papéis sociais definidos. São extremamente inteligentes. Ficam de luto pelos seus mortos e são capazes de reconhecer um familiar, mesmo tendo sido separados deles quando filhotes.

“Como fazer para conseguir a atenção de um elefante de 5 toneladas? Surre-o. Eis como”. (Frase de Saul Kitchener, diretor do San Francisco Zoological Gardens)

Você pode mudar esta realidade. Boicote circos, zoológicos e quaisquer espetáculos ou eventos de entretenimento que utilizem animais.

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