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Uma Declaração Universal dos Direitos dos Grandes Simios

17 de junho de 2014
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Quem se parece mais a uma Pessoa Humana: o Banco Espanhol Santander ou um Chimpanzé? Esta pergunta surpreendente e inusitada foi feita num evento na sala Clara Campoamor da Câmara dos Deputados da Espanha, no dia 8 de junho passado. O questionamento constava em um Manifesto lido pelo filósofo e poeta Jorge Riechmann frente a uma audiência de deputados, ativistas dos direitos dos animais e o diretor executivo do Projeto Gran Simio na Espanha, Pedro Pozas Terrados, que lançou a ideia, acolhida por toda a plateia.

O Banco Santander tem personalidade jurídica, tem direitos e deveres na sociedade humana. Os chimpanzés e os Grandes Símios não, são considerados objetos, coisas, não têm personalidade de nenhum tipo. Eles não têm nenhum direito e podem ser escravizados, torturados, comercializados, aprisionados, executados e ninguém será responsabilizado por tamanhas injustiças.

A Declaração Universal dos Direitos dos Grandes Primatas, que se pretende solicitar que a ONU aprove – ela é baseada no documento que foi lido naquele ato e tem a assinatura de 60 cientistas e personalidades, as quais estão somando centenas de outras -, tem o objetivo de reconhecer os Grandes Símios como Pessoas Não-Humanas, o mínimo aceitável para que possam sobreviver após serem levados à beira da extinção pelos próprios humanos.

Oito anos após ser aprovado um Projeto de Lei na Câmara dos Deputados da Espanha, que revolucionou os conceitos da condição dos animais em nosso Planeta, e que foi engavetado por motivações políticas, religiosas e de outras origens, volta a ser colocado o tema para as Cortes Espanholas, com maior força e razões, respaldado pelo mundo científico e cultural daquele país e do mundo, para garantir de uma vez por todas os Direitos que estas espécies, com as quais compartilhamos um ancestral comum, precisam ter em nossas sociedades.

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