Por Natalia Cesana (da Redação)
Defensores dos direitos animais e ambientalistas estão indignados com a decisão do governo da Austrália Ocidental de caçar e matar o grande tubarão branco, considerado o ‘culpado’ pela morte de um mergulhador americano. As informações são do jornal The Canberra Times.
George Thomas Wainwright, de 32 anos, foi a terceira morte em West Australia em menos de dois meses. O rapaz foi morto no sábado, durante o mergulho de um barco a 500 metros da Baía de Little Armstrong.
O chefe de Estado da Austrália Ocidental, Colin Barnett, declarou que o governo tomará medidas após os ‘ataques’, incluindo a permissão para que pescadores possam caçar mais tubarões e assim reduzir o seu número. “Esta é uma situação sem precedentes, em que ocorreram três fatalidades em poucas semanas”, disse Barnett.
Após a morte de sábado, o ministro da Pesca, Norman Moore, emitiu uma ordem para que os tubarões fossem caçados e mortos, mas as autoridades admitiram que poderia ser algo difícil.
“Não há dados que sugiram que o número de tubarões esteja aumentando na costa ocidental. O número de ‘ataques’, por sua vez, se manteve o mesmo ao longo do tempo, aproximadamente um por ano durante os últimos 50 anos”, afirmou Shaun Collin, ministro de Pesquisas, para quem abater os animais não é a saída.
Collin disse que medidas de proteção não letais, como barco patrulha, devem melhorar a capacidade para identificar grandes tubarões e assim serem evitados.
O diretor da Sociedade Humanitária Internacional, Michael Kennedy, disse que está alarmado com a ordem emitida pelo governo de matar um animal protegido.