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SANTUÁRIO

De Gaza à Síria: vítimas da guerra, animais selvagens ganham novo lar na Jordânia

16 de dezembro de 2023
5 min. de leitura
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Layla no santuário Al Ma’wa for Nature and Wildlife Imagem: Reprodução

Scar passa os dias às sombras das árvores. Diferente de seu homônimo, personagem vilão da animação “O Rei Leão”, Scar é uma hiena, e não um felino.

Scar foi resgatado de um zoológico da Jordânia em 2010 e, infelizmente, não pode ser solto na natureza. Hoje ele vive no santuário da organização. Imagem: Reprodução

E, ao invés de habitar a savana africana, Scar vive na Jordânia, mais especificamente na Al Ma’wa for Nature and Wildlife, organização criada para atender e abrigar animais selvagens resgatados.

Em árabe, Al Ma’wa significa “o abrigo”.

Balou chegou na ONG bastante deprimido e apático, não saía de sua toca e vivia escondido. “Ver uma criatura tão poderosa e tão traumatizada pelos humanos foi chocante”, conta a biografia do urso no site da organização Imagem: Reprodução

Hoje, com 17 anos, Scar foi o primeiro a chegar na ONG, que foi inaugurada oficialmente em 2011 e já conta com dezenas de animais resgatados entre leões, ursos, tigres, hienas, macacos, lobos e um guaxinim albino.

Sultan e Sabreen foram resgatados em Gaza, território palestino, durante a guerra em 2014 contra Israel Imagem: Reprodução

Os animais são resgatados das mãos de contrabandistas e de lugares insalubres, como zoológicos sem profissionais e equipamentos adequados, e zonas de guerra.

Nesse último caso, mesmo em áreas de vida selvagem, pode faltar água limpa e alimento para os animais.

Rocket é um guaxinim albino que foi resgatado do comércio ilegal no Qatar e transferido ao Al-Ma’wa no final de 2019 Imagem: Reprodução

Na Al Ma’wa for Nature and Wildlife, há animais que vieram, por exemplo de Gaza, território palestino, e de Aleppo, capital da Síria.

Resgatados em 2013, Tash e Sky, os irmãos tigres de Bengala, foram confiscados na fronteira entre a Jordânia e a Arábia Saudita. Com apenas três meses de idade, eles seriam comercializados. Quando encontrados, ambos estavam em pequenas caixas de transporte para gatos, cobertas de fezes e urina, no porta-malas de um carro Imagem: Reprodução

Quando são resgatados, esses animais que não podem voltar para o seu país de origem ou simplesmente libertados na natureza, e encontram um lar na organização que possui duas áreas principais.

Em Amã, capital da Jordânia, fica o Centro New Hope, que serve como principal clínica veterinária, instalação de quarentena e reabilitação para todos os animais resgatados.

A leoa Dohal foi salva do comércio ilegal de animais silvestres junto com Layla, a leoa que não possui uma das orelhas Imagem: Reprodução

Lá, eles recebem atendimento médico e passam por um programa de reabilitação.

Raja no santuário Al Ma’wa for Nature and Wildlife Imagem: Reprodução

Outro braço da ONG é a Reserva de Vida Selvagem Al Ma’wa, em Jerash, cidade ao norte da Jordânia, local que serve de casa permanente para os animais apátridas.

Macaco verde africano no santuário Al Ma’wa for Nature and Wildlife Imagem: Reprodução

A Al Ma’wa for Nature and Wildlife foi fundada pela Fundação Princesa Alia, uma organização sem fins lucrativos da princesa Alia Al Hussein da Jordânia.

A Fundação está ligada ao Ministério do Desenvolvimento Social do país e para viabilizar a criação da ONG Al Ma’wa for Nature and Wildlife fez uma parceria com a Four Paws, uma organização de bem-estar animal com sede em Viena, na Áustria.

Fonte: UOL

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