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'Um dó danado': cachorro abandonado sensibiliza moradores em Campo Grande (MS)

20 de junho de 2015
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Sensibilizado, o aposentado Argemiro é um dos que alimenta o cãozinho (Cleber Gelio)
Sensibilizado, o aposentado Argemiro é um dos que alimenta o cãozinho (Cleber Gelio)

O caso de um cachorro abandonado por uma família, no Conjunto Mata do Jacinto, em Campo Grande, deixou vizinhos indignados e ainda pode tornar-se caso de polícia. Enquanto isso, a própria vizinhança toma conta do animal.
O cão, sem raça definida, vivia com uma família na Rua Etelvina Nascimento. No entanto, os moradores da residência “anoiteceram mas não amanheceram”, conforme afirmam alguns vizinhos – ou seja, mudaram-se repentinamente e deixaram o cachorro.
Isto aconteceu há aproximadamente 10 dias e, desde então, o cão é alimentado pelos vizinhos. “Para ele não ficar preso, abrimos o portão e ele passou a perambular pelas proximidades, pois está acostumado com a casa. À noite, abrimos novamente o portão e ele dorme lá dentro”, diz um morador.
Alguns chegam a falar que esta é a segunda vez que isto acontece. “Quando estes últimos moradores chegaram aqui, o cachorro já estava na casa. Agora ele foi abandonado pela segunda vez “, arriscam-se a dizer moradores do bairro.
O aposentado Argemiro Cardoso dos Santos, de 79 anos, é um dos que dá alimento e água para o animal. “Ele é meio cismado, arisco. Não é bravo e fica sempre rondando a casa onde a família vivia. Dá uma dó danada (sic). Se eu tivesse um chácara levaria ele para lá, mas em casa não dá pra ficar”, afirmou, enquanto colocava restos de comida para o cão.
Os moradores afirmam que, embora pequeno, o cachorro dá despesa, pois existe a preocupação de alimentá-lo com restos de comida e até mesmo ração, que é colocada em um pratinho próximo ao portão da residência onde a família morava. “Esperamos que alguém o adote ou mesmo o CCZ venha aqui e tome uma providência. Não pode ele continuar perambulando por aqui”, afirmou uma moradora, que preferiu não se identificar.
Por seu turno, o delegado Wilton Vilas Boas de Paula, da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) afirmou que, dependendo da situação, o caso pode ser tipificado como crime de abandono. “Assim que identificarmos os responsáveis, eles poderão responder por crime de abandono e serem punidos por isto, mas ainda vamos estudar o caso”, afirmou.
Fonte: Mídia Max

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