A RSPCA, entidade de proteção animal, atualmente recebe um chamado de resgate para animais vítimas de crueldade a cada 19 segundos no Reino Unido. Nos últimos 20 anos, o número de telefonemas anuais para a RSPCA aumentou de 20 mil para quase 1,6 milhão.
Os processos por danos a animais aumentaram 9% no ano passado. Entre eles, um marido ciumento preso por três meses após espancar o gato da esposa até a morte durante um acesso de raiva.
No total, 1.175 cães, 256 gatos, 213 ovelhas e 69 porcos foram vítimas, relatadas, de crueldade no ano passado.
O número total de condenações caiu ligeiramente em comparação com 1999, mas a instituição disse que isso se deve a um aumento em múltiplas condenações.
Os resultados coincidiram com um estudo da Manchester Metropolitan University, que sugere que a crueldade contra animais é profundamente enraizada na sociedade e normalmente formada na juventude.
A vingança e a diversão foram as principais razões dadas para o abuso de animais, segundo o relatório dos pesquisadores. A pressão dos colegas também foi identificada como um fator significativo.
Mais da metade dos jovens entrevistados para o estudo já havia ferido animais. As agressões incluíam atirar em gatos, estrangular patos, jogar uma placa de concreto na cabeça de um gato, fazer malabarismo com ratos, amarrar fogos de artifício a caudas de gatos e explodir rãs e sapos com canudos.
Algumas das 1.000 crianças e dos 100 adultos entrevistados sugeriram que a crueldade com os animais era um estágio normal do crescimento.
Tony Crittenden, diretor-chefe da RSPCA disse que, como resultado do estudo, a instituição de caridade estava lançando um novo programa educacional que incentiva os jovens a se identificarem com os animais.
“Infelizmente, muitas pessoas hoje têm uma atitude ‘descartável’ em relação aos animais e mostram um desrespeito insensível por seu bem-estar”, disse ele. “A responsabilidade recai sobre todos nós para tentar evitar a crueldade contra os animais”, finalizou.