Um mutirão de solidariedade na Praia de Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, libertou, na manhã dessa segunda-feira (31), 12 tartarugas-marinhas que ficaram presas em uma enorme rede de pesca.

As tartarugas foram capturadas pela armadilha dos pescadores, enroladas nos fios das redes. Elas foram resgatadas por volta das 7h30, já agonizantes e cansadas, se debatendo.

Um grupo de remadores estava em uma canoa quando viu a rede. Ela tinha cerca de 600 metros e fechava uma parte da Enseada de São Francisco.

A rede foi lançada por pescadores, provavelmente no fim da tarde deste domingo (30) e tinha uma tela dupla, o que dificultava a saída das tartarugas. Elas devem ter passado a noite toda lutando para sair, até a chegada do socorro, de manhã.

O instrutor de remo Pierre Calazans conta que outras pessoas que passavam pela praia também ajudaram a retirar os animais cuidadosamente do emaranhado das redes e que isso já aconteceu outras vezes, mas nunca foram tantas tartarugas.

“Nós começamos às 7h30 e acabamos às 10h20”, disse.

Suzana Guimarães é coordenadora do Projeto Aruanã, que monitora e conserva as tartarugas marinhas na Baía de Guanabara.

Ela diz que a pesca artesanal ajuda na sobrevivência das famílias que dependem da atividade, por isso a importância da orientação e do trabalho conjunto com os pescadores, para criar regras e evitar acidentes como o que aconteceu nesta segunda.

“A gente precisa entender como a gente consegue transformar essa pesca numa atividade que seja positiva para todos os lados.” A Guarda Ambiental apreendeu e destruiu a rede.

As 12 tartarugas foram resgatadas com vida e sem ferimentos. Elas foram devolvidas ao mar.

“Quando a gente terminou o resgate das 12 com vida, a gente ficou muito feliz”, disse Pierre.

Fonte: G1