Um dia me sentei em frente a um dos meus companheiros de jornada, um irmãozinho peludo idoso, olhei pra ele entristecido e fiz o seguinte pedido:
“Me ensine a perdoar, me ensine a gostar incondicionalmente e não mais guardar magoa”.
Ele me olhou com seu olhar doce e de forma sincera lambeu minha face demoradamente.
E enquanto eu chorava surpreso, também entendia que mesmo um ser imperfeito como eu, cheio de sentimentos controversos, por ele era amado.
Estava ele a me ensinar que não importa como o outro esteja, quando tocado por uma atitude amorosa sua, haverá nele o despertar do amor.
Então o afaguei e naquele instante entendi que onde habita amor não há espaços para sentimentos menores.