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DESASTRES NATURAIS

Com furacões se tornando mais fortes devido ao aquecimento global, cientistas defendem nova categoria de classificação

Cientistas dos Estados Unidos afirmaram que uma nova categoria de classificação deveria ser criada, a 6.

7 de fevereiro de 2024
Redação Um Só Planeta
3 min. de leitura
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Foto: NASA | Wikimedia Commons

A mudança climática está fazendo os furacões ganharem mais força e, diante disso, deveria ser incluída uma nova categoria, a 6, para classificar o fenômeno. Essa é a constatação de um novo estudo realizado pelos cientistas Michael F. Wehner, da Divisão de Matemática Aplicada e Pesquisa Computacional do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, e James P. Kossin, do Centro de Ciência e Engenharia Espacial da Universidade de Wisconsin.

Essa categoria, segundo os autores, incluiria todas as tempestades (ou megafuracões) com ventos sustentados de 300km/h ou mais. Se existisse, cinco eventos teriam sido classificados dessa forma na última década. Caso do Haiyan, que matou mais de 6.000 pessoas nas Filipinas em 2013, e o Patricia, que atingiu uma velocidade máxima de 340 km/h quando se formou perto do México em 2015.

“Ainda não houve nenhum no Atlântico ou no Golfo do México, mas eles têm condições que conduzem à categoria 6, é apenas uma sorte que ainda não tenha havido”, disse Wehner, ao The Guardian. “Espero que isso não aconteça, mas é apenas uma jogada de dados. Sabemos que estas tempestades já se tornaram mais intensas e continuarão a aumentar.”

Hoje, a escala amplamente utilizada, a Saffir-Simpson, desenvolvida no início da década de 1970, vai de 1 a 5. Ela categoriza qualquer furacão com velocidade máxima sustentada do vento entre 119 km/h e 250 km/h ou mais.

Vale recordar que fenômenos de categoria 5 causaram muitos danos nos últimos anos. Por exemplo, devastaram New Orleans, nos Estados Unidos, em 2005, e Porto Rico, em 2017.

Os pesquisadores pontuaram que, embora o número total de furacões não esteja aumentando devido à mudança climática, a intensidade deles está maior. O ponto é que o aquecimento dos oceanos e da atmosfera estão fornecendo energia extra para elevar a força.

Wehner observou que a escala Saffir-Simpson é uma medida imperfeita dos perigos que esses fenômenos representam para as pessoas, mas que uma categoria 6 destacaria os riscos trazidos pela crise do clima. “Nosso principal objetivo é aumentar a conscientização de que as mudanças climáticas estão afetando as tempestades”, completou.

Fonte: Um Só Planeta

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