Por David Arioch
De acordo com a organização Ocean Watch e o site The World Counts, a estimativa é de que cinco trilhões de sacolas plásticas serão usadas no mundo todo em 2019.
Isso significa 160 milhões de sacolas plásticas utilizadas por segundo e um total de plástico que poderia cobrir duas vezes a França ou, se colocarmos uma sacola atrás da outra, poderíamos dar a volta ao mundo sete vezes.
No Brasil, a qualquer compra, por mínima que seja, até mesmo de um artigo do tamanho de um dedo, há o costume de colocar o produto em uma sacolinha antes de entregá-lo ao consumidor.
Outra prática usual é não colocar produtos diferentes na mesma sacola, demandando inúmeras sacolas plásticas para produtos que caberiam somente em uma, e que, para benefício do meio ambiente, poderia ser basicamente uma ecobag.
Além disso, os consumidores poderiam ser reeducados a não exigirem inúmeras sacolas em qualquer circunstância, e até mesmo a motivarem comerciantes a estimularem outros consumidores a optarem por uma alternativa menos nociva ao meio ambiente. Quem sabe, oferecendo ecobags ao lado do caixa, que já é uma realidade crescente no mundo.
Sabemos também que há produtos e itens que não demandam sacolas. É apenas uma questão de costume, e que pode ser facilmente adaptado. Não é novidade também que a maioria das sacolas plásticas passa por descarte incorreto e pode levar pelo menos 200 anos para se decompor.
Até lá, muitas são jogadas em qualquer lugar, entopem bueiros, dificultam o escoamento da chuva e potencializam inundações, além de pararem nos oceanos, interferindo na vida marinha.
E podem ainda criar uma camada plástica que impermeabiliza o solo, além de liberar toxinas na atmosfera. E se você é vegano, é válido ponderar que muitas das sacolinhas plásticas trazem gordura animal na composição.
As matérias-primas mais comuns são o petróleo e o gás natural, mas a gordura animal é usada com a finalidade de facilitar o processamento dos polímeros brutos e reduzir a fricção do material – o que também é um bom motivo para abolir ou pelo menos desacelerar esse consumo.