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Cientistas usam imagens de satélites para identificar ursos polares no Ártico

11 de julho de 2014
2 min. de leitura
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Monitorizar populações de animais selvagens que vivem em áreas remotas e inacessíveis tem sido um desafio para os investigadores que estão preocupados com o impacto que as alterações climáticas estão a ter em animais que vivem no Ártico.

Até agora, para a realização dos estudos os cientistas usam meios como aviões ou navios, os quais são onerosos e muitas vezes não conseguem chegar aos locais inacessíveis onde estes animais habitam.

Investigadores do U.S. Geological Survey (USGS) publicam na edição de 09 de julho, da revista científica PLoS ONE um estudo que demonstra que utilizar imagens de alta resolução obtidas por satélite pode ser uma ferramenta eficiente de grande precisão para identificar, contar e monitorizar populações de animais selvagens no Ártico, no caso específico de ursos polares.

«Testámos o uso de tecnologia por satélite da DigitalGlobe para contar ursos polares ao programar o satélite para obter fotos de uma área onde também estávamos a conduzir estudos aéreos», explica Todd Atwood, investigador principal do USGS Polar Bear Research Program, citado em comunicado do USGS.

«Depois analisámos os dados da recolha feita por satélite e da recolha feita por via aérea separadamente e descobrimos que a abundância estimada era notavelmente semelhante», ou seja, uma estimativa de abundância de cerca de 90 ursos com base em imagens por satélite e de cerca de 100 ursos através do estudo aéreo.

O objetivo dos investigadores é identificarem tecnologias não invasivas que permitam obter dados para compreender de que forma os ursos polares no Ártico estão a responder ao derretimento do gelo no mar devido às alterações climáticas.

«As imagens por satélite mostram-se promissoras como meio de monitorizar de forma rápida e em segurança a abundância e distribuição de ursos polares usando habitats em terra», indicam os investigadores na revista PLoS ONE.

Os cientistas indicam que, no entanto, «as aplicações em escalas geográficas mais generalizadas podem exigir o desenvolvimento de processos automáticos de classificação de imagem para revisão e análise mais expeditas», pelo que «um processo confiável e automático melhoraria em muito a aplicação da técnica».

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: TV Ciência

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