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VITÓRIA

Cidade de Zacatecas, no México, proíbe tourada após ação judicial movida por ativistas

16 de abril de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Uma liminar expedida no dia 2 de abril após uma ação movida por ativistas zacatecanos contra a exploração de animais em touradas e espetáculos similares resultou na suspensão da “Gran Novillada Internacional” que ocorreria na Plaza de Toros Monumental de Zacatecas.

O Projeto Solovino, uma associação que defende o bem-estar animal e os direitos animais, obteve uma decisão favorável à suspensão dois dias após entrar com o amparo no Poder Judicial da Federação.

A juíza do Segundo Distrito ordenou que o Patronato da Feria Nacional de Zacatecas (Fenaza), o Sistema Estatal para o Desenvolvimento Integral da Família (SEDIF) e a Presidência de Zacatecas fossem informados sobre essa suspensão, assim como a empresa promotora do espetáculo taurino.

A proteção dos direitos animais e do meio ambiente foram priorizados nesta decisão, considerando incompatível a realização de eventos onde animais são torturados ou forçados a lutar para entretenimento e lucro.

Infelizmente, os animais que seriam torturados na Monumental Zacatecas foram transferidos para a cidade de Texcoco para outro evento, e não foram libertados como deveriam. E os defensores da tauromaquia caracterizarem a suspensão como apenas “uma mudança de local”.

Mesmo assim, Astrid Reveles, porta-voz das associações locais que lutam pelo respeito e proteção dos direitos animais, destaca que essa decisão representa um grande avanço para os esforços dos ativistas no México.

Reveles, que também é doutora em Pedagogia, ressalta a preocupação especial com o fato desses espetáculos terem como público-alvo as crianças, que são expostas a uma demonstração vívida de tortura, dessensibilização à violência e falta de respeito pela vida, além de um ambiente com consumo excessivo de álcool.

A “Feria Nacional de Zacatecas por la PAZ”, uma das ações mencionadas na estratégia de construção da paz apresentada pelo governo estadual no início do ano, incluía touradas e brigas de galos, onde a dominação e a crueldade prevalecem sobre valores como a não violência e o respeito à vida, destaca Astrid Reveles.

Associações ambientalistas e antiespecistas continuarão recorrendo a estratégias jurídicas para avançar nessa causa e convocando a sociedade civil para se unir a esses esforços, concluiu Astrid.

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