EnglishEspañolPortuguês

RECORRÊNCIA

Caso Joca não foi primeiro erro da Gol: relembre os casos da cadela Pandora e do cão Pinpoo

A morte do cachorro golden retriever Joca durante transporte aéreo da Gol chocou o país, mas não é a primeira vez que a companhia comete erros em relação a viagens de animais.

28 de abril de 2024
Vivian Guilhem | Redação ANDA
4 min. de leitura
A-
A+

Nesta semana, o caso da morte de um cachorro golden retriever de quatro anos de idade durante transporte aéreo feito pela empresa Gol reacendeu a discussão sobre regulamentação do tema.

Joca deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, para o Aeroporto de Sinop, no Mato Grosso, no mesmo voo do tutor. Mas o cachorro foi embarcado para Fortaleza, a mais de 2 mil quilômetros de distância de Sinop. O tutor, João Fantazzini, foi informado do erro pela empresa apenas quando chegou no Mato Grosso. Ele, então, decidiu voltar a Guarulhos para encontrar Joca e o cachorro estava morto. O caso está sendo investigado pela Polícia.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que criou um grupo de trabalho para discutir a forma como as companhias aéreas tratam dessa questão. A companhia aérea Gol anunciou a suspensão do transporte aéreo de animais no porão, por 30 dias, a partir desta quarta-feira (24/04).

Apesar de não ter tido um final tão trágico, uma outra história de sofrimento animal durante viagem aérea da Gol aconteceu com a cachorra Pandora e gerou protestos.

Em dezembro de 2021, a cachorra Pandora desapareceu no aeroporto de Guarulhos durante um voo da Gol vindo de Recife (PE) até Navegantes (SC). Na conexão em Guarulhos (SP), por erro procedimental, Pandora desapareceu e ficou 45 dias perdida até ser localizada novamente. Ela foi encontrada por empregados do Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 30 de janeiro de 2022.

Defensores dos direitos animais organizaram um protesto no aeroporto na época, com cartazes dizendo “Gol, cadê a Pandora?”.

O tutor, Reinaldo Junior, criou na época um perfil no Instagram para compartilhar informações sobre o caso, o @cade.pandora, que hoje promove adoção de animais e mostra a vida de Pandora. Ontem (23/04), a página compartilhou junto a Reinaldo o vídeo do cachorro Joca sendo encontrado sem vida pela família e declarou: “Até quando iremos sofrer com esse tipo de DESCASO das companhias aéreas brasileiras ,até quando querem por MORDAÇA E VENDAS!!”

Cão Pinpoo

A ANDA foi o primeiro veículo a noticiar o caso do cachorro Pinpoo, que deveria ter viajado de Porto Alegre (RS) para o Espírito Santo no dia 2 de março de 2011 em voo da Gol, mas nunca chegou. A tutora do cão, a aposentada Nair Flores, de 64 anos, seguia para mesmo destino em outra companhia aérea que só recebia animais com menos peso. Dona Nair soube que o cão não chegaria, quando parou em uma conexão em Minas Gerais, e foi avisada por telefone que Pinpoo teria fugido antes do embarque.

O retorno da visita na casa da filha em Guarapari (ES) que duraria até 15 de março daquele ano, foi antecipado para o dia 8. “Nem vi o mar, voltei antes porque queria procurar o ‘Pinpoo’. Estava tão nervosa que passei mal durante o voo”, disse Nair.

O drama da tutora chegou ao fim 14 dias depois do desaparecimento de Pinpoo, quando ele foi encontrado por policiais dentro do aeroporto.

Pinpoo foi entregue pelo sargento Ribas para Nair após 14 dias do desaparecimento. Foto:Ronaldo Bernardi / Agência RBS

Especialista em Direito Animal fala sobre o caso Joca e regulamentação no país

Cada companhia aérea hoje atua de um jeito porque não há um regramento. Entidades da sociedade civil organizada já vêm pedindo esse regramento à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e ao governo federal, inclusive com ações na Justiça.

Débora Freitas e Fernando Andrade conversaram com Leandro Petraglia, advogado especialista em Direito Animal sobre o caso Joca e quais as regras e leis para proteger os animais durante viagens aéreas.

Com informações de: CNN Brasil

    Você viu?

    Ir para o topo