Apreendidos durante comercialização ilegal nas feiras populares ou como “mercadoria” para o tráfico internacional, cerca de 300 animais silvestres de várias espécies estão se recuperando dos maus-tratos na sede do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/RN), para um dia voltar a seu habitat natural.
De acordo com a analista ambiental do Ibama, Fabíola Rufino, os animais, após serem recolhidos e passarem por exames veterinários, ficam alojados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). “Após ter sido feita a identificação da espécie e serem examinados, eles são encaminhados para a quarentena no alojamento, para receber nutrição adequada acompanhada pela nossa equipe de tratadores “, explicou Fabíola.
Atualmente o Ibama-RN está tratando de aves, répteis e mamíferos. São 100 papagaios, 20 araras, 50 periquitos, 100 jabutis, um tucano e 30 macacos-prego, que ficam em quatro prédios do Cetas. “Geralmente as aves são as espécies que mais sofrem maus-tratos, várias que são apreendidas chegam com parte das asas mutiladas pelos antigos tutores para não voarem. Com isso elas passam por um tempo de recuperação, em média de quatro meses para conseguirem voar novamente”, contou Fabíola Rufino.
Após serem cuidados e depois de estudos técnicos da equipe do Ibama, os animais passam por um treinamento específico de readaptação para serem encaminhados para soltura, ou ainda para zoológicos e criadouros registrados no Ibama. “Os animais são encaminhados para outros estados, já que no RN ainda não há nenhuma instituição registrada no Ibama”.
Fonte: Diário de Natal