A cidade do Rio registrou neste mês de agosto a morte de um cachorro em decorrência da vacina contra a raiva. De acordo com a direção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), outras três mortes, sendo de dois gatos e um cachorro, também podem ter relação com a primeira dose da vacina, aplicada no último dia 7.
A direção do Centro de Controle de Zoonoses informou nesta sexta-feira (20) que aguarda um parecer do Ministério da Saúde para decidir se a vacina antirrábica será suspensa. As reações da vacina revoltaram as entidades protetoras dos animais, que pedem o término da campanha, assim como aconteceu em São Paulo, onde uma morte já foi confirmada como consequência da vacina e outras nove são investigadas.
Vacina pode gerar reações por até três dias
A presidente da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), Izabel Nascimento, diz que já recebeu diversas denúncias e reclamações de tutores de cachorros e gatos alertando para a mudança do comportamento e da saúde dos animais após a vacina.
Segundo o Centro de Zoonoses, a vacina antirrábica pode gerar alterações no organismo dos bichos, como febre, dor e mudança de comportamento, por até três dias.
O órgão recebeu alguns relatos de tutores de animais, principalmente de gatos, alegando que os bichos apresentaram reações à vacina. O diretor do CCZ, Fernando Ferreira, explica que após a primeira dose da vacina, um cachorro morreu de choque anafilático.
“Esse cão morreu 30 minutos após receber a vacina. Estamos investigando outros três casos, mas estamos com dificuldade de esclarecer, porque precisamos do corpo para fazer a necropsia”, relatou o diretor.
Mais de 75 mil cães foram vacinados
Na primeira fase da campanha, foram vacinados mais de 75 mil cães e as reclamações chegaram a 0,66%. Cerca de 20 mil felinos também receberam a vacina e quase 2% passaram mal após a aplicação.
Em caso de dúvidas, o CCZ pede que os tutores de animais liguem para o telefone: (21) 3395-1595 (21) 3395-1595.
Fonte: G1