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Casos de raiva em cães e gatos não devem subir em SP, diz médica

9 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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A decisão do Ministério da Saúde de suspender preventivamente a aplicação da vacina antirrábica RAI-PET para cães e gatos, do laboratório Biovet, anunciada na quinta-feira (7), deixou dúvidas sobre o que tutores de animais domésticos devem fazer.

Segundo Neide Takaoka, médica sanitarista e diretora do Instituto Pasteur, o tutor de animal deve aguardar novas orientações do Ministério da Saúde. “Estamos em uma situação bastante confortável no que diz respeito ao vírus da raiva, pelo menos aqui no estado de São Paulo”, disse a especialista. “Não sei dizer sobre outros lugares, no caso do Nordeste, por exemplo, é preciso lembrar a transmissão canina ocorrida no Ceará em 2010.”

Tutores de cães e gatos são recomendados a aguardar por mais orientações do Ministério da Saúde. (Foto: deFig/stock.xchng)

O risco de contágio com o vírus por parte de cães e gatos está quase sempre ligado a ataques a morcegos, portadores comuns do agente causador da raiva em humanos.

No caso paulista, porém, a raiva humana está controlada, segundo a especialista. “Mesmo com um tempo sem vacinar, até que as coisas sejam decididas, o aumento nos casos não vai ocorrer.”

Sâo Paulo não apresenta casos de raiva com origem canina desde 1998, quando um morador de Araçatuba morreu, no interior do estado. Daquele ano até 2010, foram apenas 34 casos em cães, nenhum deles com passagem do vírus a pessoas.

“É claro que seria interessante manter os animais vacinados, mas é complicado sugerir às pessoas que procurem serviços particulares e que mediquem seus bichos por indicações não sugeridas pelas entidades públicas”, disse Neide.

“A vacina usada pelo sistema público, a princípio, era liberada, mas agora foram identificadas todas essas reações adversas”, explica a médica. “Aqui em São Paulo nós já havíamos suspendido o uso do medicamento desde 20 de agosto”.

Procurado pelo G1, o Centro de Zoonoses de São Paulo não quis se pronunciar, alegando que as informações deveriam ser colhidas junto à Secretaria Estadual de Saúde.

Com informações de G1

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