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ALERTA

Caso de raiva em uma gata é registrado na cidade de Pelotas (RS) e protocolo vacinal antirrábico será feito na região

Gato foi diagnosticado na região do Porto e região terá protocolo de bloqueio vacinal antirrábico em um raio de 300 metros

17 de setembro de 2022
4 min. de leitura
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Foto: Divulgação | DP

A prefeitura de Pelotas (RS) pede a colaboração dos moradores do quadrilátero entre as ruas Dom Pedro II, João Pessoa, Benjamin Constant e Santa Cruz, na região do Porto, para que permitam a entrada dos agentes de Combate a Endemias e a vacinação de seus animais contra a raiva. Essa medida começou a ser executada na tarde de quinta-feira (15), em função de um gato que residia nessa área ter sido diagnosticado, por exame laboratorial, com o vírus que causa a doença.

Para evitar que outros cães e gatos se contaminem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Vigilância Ambiental em Saúde (Vigiams), iniciará o protocolo de bloqueio vacinal antirrábico em um raio de aproximadamente 300 metros ao redor do domicílio do gato.

A SMS ainda não confirmou se o gato foi infectado por uma variante de morcego ou alguma mais específica de animais domésticos. Como a investigação demanda tempo para ser concluída, as equipes estarão adotando medidas mais rígidas, com a vacinação de todos os animais do perímetro.

“Estamos trabalhando com a possibilidade de ser um caso de raiva de morcegos, pois é o mais provável. Esse achado demonstra que está ocorrendo a circulação viral de variantes desses animais, o que é esperado, mas que, mesmo assim, demanda ações de vigilância e controle. Felizmente não significa que a raiva urbana retornou. Mesmo assim, é muito importante que as pessoas tomem os devidos cuidados com os seus animais” diz a médica veterinária da Vigiams, Roberta Mota. A profissional destaca, ainda, que a vacinação da totalidade de cães e gatos residentes na região que será visitada, a partir desta quinta-feira, é uma ação de cuidado e prevenção e pede a compreensão dos moradores.

Animal infectado

O animal infectado é uma gata, que apresentou sinais de agressividade e atacou a tutora. Em razão disso, ela foi encaminhada para atendimento veterinário e passou a ser acompanhado também pela equipe da Vigilância Ambiental do Município. Como o animal apresentou piora no quadro de saúde, a família decidiu pela morte induzida, o que não é o padrão, pois, em geral, os animais são isolados durante dez dias para observação dos sintomas e, se de fato for raiva, acabam vindo a óbito nesse período. Como a raiva é uma doença que não possui cura, tanto para animais quanto para humanos, qualquer suspeita deve ser notificada aos órgãos de saúde.

De acordo com a SMS, a gata residia com outros três animais e não havia recebido a vacina antirrábica. Equipes visitaram o domicílio e localizaram um morcego no pátio. Em função disso, todos os animais receberam doses do imunizante e serão acompanhados pelos próximos seis meses. A tutora também foi vacinada, em seguida do ataque, para evitar a evolução da doença.

A comprovação foi feita pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, que é referência no Rio Grande do Sul. O material para análise foi coletado pelo setor de Patologia da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, que presta apoio ao Município, e realizou a necrópsia da gata.

Como fazer a notificação em caso suspeito

A veterinária Roberta alerta para a importância dos responsáveis por cães e gatos manterem a vacinação deles em dia, com todas as doses necessárias para proteção às diversas doenças que podem atingi-los. “Orientamos que os proprietários vacinem os seus animais anualmente. Desde que a raiva urbana foi controlada no Rio Grande do Sul, o Município não realiza mais a aplicação da vacina antirrábica em massa. Por isso, essa proteção é de responsabilidade dos tutores, e é uma prática muito importante para a saúde pública”, destaca.

A SMS pede a atenção da população para que mantenha a vacinação dos animais em dia e evite que tenham contato com morcegos e, em caso de qualquer alteração de comportamento ou sintomas neurológicos, procure atendimento veterinário e/ou orientação com a Vigiam. Também é importante que qualquer pessoa que for mordida ou arranhada por cães e gatos nessas situações procure atendimento de saúde para avaliar o caso. Mais informações podem ser obtidas com o Centro de Controle de Zoonoses pelo telefone (53) 3284.7731 ou WhatsApp (53) 99114.0546.

Roberta lembra, ainda, que 28 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção da Raiva, e a Prefeitura está organizando uma série de atividades com a finalidade de alertar sobre a importância de manter os cuidados para proteger os animais e as pessoas.

Fonte: Diário Popular

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