Uma das capivaras que moram na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, apareceu morta na última sexta-feira (3). A suspeita é que ela tenha sido atacada com pedradas.
O biólogo Mário Moscatelli, protetor da área, conta que os animais recebem nomes para serem identificados e facilitar o monitoramento das capivaras que circulam pela área.
A capivara morta era chamada de Margarida. Inicialmente, acreditou-se que o animal morto era Armando, com quem ela teve seis filhotes há alguns anos. Apenas uma fêmea da ninhada ainda circula pela região. Neste sábado (4), Moscatelli descobriu que Margarida tinha sido vitimada.
“Pelas versões que temos recebido, foi morta a pedradas. As informações que tivemos dos comerciantes levam a isso. Inclusive, essa capivara já tinha sido apedrejada. A gente tem fotos do nariz dela todo machucado”, contou Moscatelli.
Do casal de capivaras e os seis filhotes, restam apenas o pai e a fêmea mais nova.
Uma equipe da Comlurb, empresa de limpeza urbana da cidade do Rio, retirou o corpo do animal das águas.
É possível chegar perto dos animais no local. Algumas regiões da lagoa foram cercadas por Moscatelli, com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Rio de Janeiro para evitar os problemas causados pelas reações dos animais quando se sentem ameaçados. Porém, ele afirma que não é suficiente.
“Nós já solicitamos à Secretaria Municipal de Meio Ambiente que precisaríamos de mais cercas na naquele trecho da Catacumba, Cantagalo. Trabalhos educativos para explicar para as pessoas que o que está se solicitando é uma faixa mínima. Você tem tudo urbanizado e são dez metros de faixa marginal para ter essa fauna de retorno, mas tem que ter um trabalho educativo”, disse Moscatelli.
A TV Globo solicitou um posicionamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas sem resposta até a última atualização desta reportagem.
O caso causou indignação entre quem circula pela área de lazer.
“Eu soube que, infelizmente, algum vândalo matou uma capivara com uma pedrada”, disse um homem.
“Eu acho que a gente tem que respeitar o espaço. Estamos ocupando um espaço que também é das capivaras”, disse uma estudante.
Fonte: g1