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Capitão Peter Bethune: O último samurai!

20 de abril de 2010
5 min. de leitura
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Capitão Peter Bethune é um prisioneiro de guerra. Ele também é o único verdadeiro samurai residindo atualmente no Japão. Por que ele é um prisioneiro de guerra? Porque seu navio foi deliberadamente abalroado, quebrado ao meio e afundado pela embarcação arpoeira japonesa Shonan Maru 2. O fato do capitão da embarcação japonesa não ter sido questionado pela destruição do navio da Sea Shepherd nega qualquer descrição civil do Shonan Maru 2.

Uma embarcação civil teria sido investigada e o capitão questionado e acusado pelo crime. Mesmo que a colisão fosse acidental, o capitão seria questionado. Essa é a natureza das operações marítimas civis. Colisões no mar são investigadas e os oficiais na direção são questionados. Somente oficiais militares são imunizados de serem questionados pelas autoridades civis e este é o caso deste incidente.

Não há caso recente na história marinha de um navio civil comprometido em uma catastrófica colisão com outro navio onde o incidente não foi tópico de uma averiguação oficial. Neste caso, a averiguação deveria ter sido feita pelo Japão, pois o Shonan Maru 2 é um navio registrado no Japão. As autoridades Australianas deveriam ter investigado o incidente porque o acidente aconteceu em águas do território Antártico Australiano.

A Nova Zelândia tem investigado por meses, mas o Japão está se esquivando e não está cooperando, então as autoridades neozelandesas não são capazes de ir adiante. De fato, somente as autoridades marítimas neozelandesas têm tentado questionar o capitão do navio japonês que causou a destruição do navio registrado da Nova Zelândia sobre o comando de Peter Bethune – um capitão neozelandês com tripulação neozelandesa, australiana e holandesa.

Dizer que toda essa situação é  irregular e não ortodoxa é uma atenuação da verdade. De fato isto está impregnado de corrupção e abuso de poder. Em resposta a covarde recusa do governo da Nova Zelândia de apoiar os direitos de um civil e uma embarcação neozelandesa, capitão Bethune embarcou no Shonan Maru 2 para confrontar seu capitão. Este é um ato corajoso! Ele embarcou em um navio em movimento pelas frigidas águas da Antártica a 50 nós na escuridão da noite. Ele pulou de um Jet ski para a embarcação arpoeira, escorregou e caiu no mar, foi resgatado e tentou embarcar uma segunda vez, passando as redes e afiados pregos contra embarcação.  Ele permaneceu no navio por aproximadamente duas horas até o sol nascer quando ele calmamente bateu na porta da cabine de comando e apresentou-se ao capitão que afundou seu navio.

Este homem é um herói neozelandês defendendo as baleias e a posição das pessoas da Nova Zelândia e Austrália. E seu governo ainda virou as costas para um dos seus próprios para se prostrar para as demandas imperiais do Japão. O capitão Bethune não foi trazido de volta para o Japão como um criminoso. Ele foi trazido como prisioneiro no navio que maldosamente o atacou, e quando este navio chegou, foi cumprimentado com um comício nacionalista de aplausos e vaias dos direitistas japoneses da mesma maneira que eles aplaudiram a marcha da descida de Kokoda Trail da POWs ou pelas ruas de Tókio em 1942.

Esta foi a primeira vez desde a guerra do pacifico com o Japão que um soldado ANZAC (Pete é um veterano) foi transportado de volta ao Japão do oceano Antártico depois do naufrágio do seu navio, e a primeira vez que um prisioneiro foi cumprimentado com tanto ódio. Eles o trataram como um prisioneiro de guerra e isto é exatamente o que ele é.

Capitão Bethune foi acusado pelo delito de educadamente bater na porta da cabine de comando do Shonan Maru 2 para falar com o capitão. Ele foi acusado de agredir os baleeiros apesar do fato de que o incidente em questão foi filmado por câmeras profissionais, e mostra claramente os baleeiros lançando spray de pimenta no vento e voltando em seus próprios rostos. Ele tem sido acusado de obstruir negócios apesar do fato de que os negócios que ele estava obstruindo são ilegais pela lei de conservação internacional e ainda do fato de que a caça às baleias era supostamente para pesquisas e não negócios. Ele está sendo acusado por dano à propriedade, por ter cortado um buraco em uma rede para embarcar no navio que destruiu nossa embarcação avaliada em $3 milhões USD.

E ele foi estranhamente acusado segundo uma obscura lei chamada “A lei do controle da espada”, a mesma lei que o Imperador Meiji introduziu em 1865 para confiscar as espadas dos samurais. Aparentemente a faca que o capitão Bethune usou para cortar a rede e embarcar no navio era de suficiente comprimento para ser categorizada como uma espada.

Então ao acusar o capitão Bethune pela mesma lei que o Imperador Meiji usou para destruir a tradição dos samurais, o Japão está tratando Pete como um guerreiro samurai. E quando você pensa o que a palavra samurai significa então Pete Bethune qualifica certamente o significado da palavra samurai: “servir”.

E não há duvidas que o capitão Bethune altruisticamente sirva a causa de proteger espécies protegidas e ameaçadas de baleias no Santuário de Baleias do Oceano Antártico.

O governo japonês acredita que fazendo do capitão Peter Bethune um exemplo, eles intimidarão a Sea Shepherd de obstruir as operações baleeiras japonesas no oceano antártico na próxima temporada.

Isto certamente não acontecerá. Todo membro da tripulação da Sea Shepherd entra para a tripulação depois de responder afirmativamente em questão às adversidades, eles decidiram arriscar suas vidas para salvar as baleias. Se um tripulante está disposto a dar sua vida por uma baleia, então a ameaça de ser mantido como prisioneiro no Japão é, em comparação, meramente trivial.

O capitão Peter Bethune foi bem alertado da possível conseqüência de embarcar no Shonan Maru 2 mas ele escolheu fazer o que achava certo, e como qualquer prisioneiro de guerra ele não trairá sua causa por conta de ameaças de prisão e intensas interrogações.

A Sea Shepherd Conservation Society irá ajudar a fornecer ao capitão Bethune a melhor defesa legal possível, e iremos apoiar a família de Pete enquanto ele está  mantido prisioneiro. O que não iremos fazer é recuar ou nos render aos caçadores de baleia.

Tudo que eles fizerem ao capitão Peter Bethune somente servirá para inspirar aqueles que amam nosso planeta, nossos oceanos e as baleias.  O que os baleeiros, políticos e a mídia japonesa não entendem, o que os políticos covardes não compreendem, é que a minha tripulação está armada com a mais poderosa arma do planeta – a paixão!

Fonte:Sea Shepherd



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