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RIO DE JANEIRO

Cão caramelo aguarda adoção definitiva após ser vítima de afogamento; ex-tutora está presa por maus-tratos

27 de fevereiro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Um cachorro “caramelo” está desde a noite dessa segunda-feira (26) internado em uma clínica veterinária de São Cristóvão, na Zona Norte, após ser salvo por um banhista de ser afogado pela sua então tutora, na Praia do Flamengo, no último domingo (25). A mulher, não identificada, foi autuada em flagrante e segue presa por maus-tratos.

Já o cãozinho, de porte médio e SRD, inicialmente foi encaminhado à 9ª DP (Catete), em razão do seu quadro de saúde, para que pudesse se recuperar. Nessa segunda, ele foi adotado de forma temporária pelo projeto “Nas Garras da Lei”, enquanto espera um lar definitivo. A iniciativa é promovida por policiais voluntários.

O inspetor de Polícia Civil Rafael Cazes, fundador do projeto e responsável pela tutela provisória, afirmou que todos os exames e despesas do caramelo serão custeados pelo grupo até o animal “arrumar uma família de verdade, com muito amor e segurança”.

“Queria agradecer à equipe da 9ª DP (Catete). Eu fui até lá e estou com ele em ato de depósito. Ele vai fazer todos os exames de sangue possível. Vamos dar um destino melhor para ele. O ‘Nas Garras da Lei’ vai assumir ele. Esse animal não pode ir para nenhum abrigo, de tanta violência que ele já sofreu, ele não pode ficar em qualquer local que ele fique sozinho. Ele chora muito, pede muito carinho, é um caso muito especial, que comoveu muito a gente. Vamos dar um destino melhor para ele”, destacou.

Dois dias após o afogamento, o cão ainda apresenta quadro de diarreia. O sintoma apareceu depois de retirado do mar. Na ocasião, o animal estava debilitado e com dificuldades para ficar em pé. Ele passou por atendimento num posto do Corpo de Bombeiros, até ser levado à 9ªDP.

Entenda o caso

A tentativa de afogamento ocorreu por volta das 11h. De acordo com uma testemunha, a suspeita entrou no mar com o animal nos braços, colocou dentro d’água e começou a pisá-lo, impedindo que ele pudesse respirar. Ainda segunda a testemunha, que disse ter corrido para acionar às forças de segurança, o cachorro não morreu porque um banhista, não identificado, o salvou.

Após a chegada dos policiais, verificou-se que o animal estava em péssimas condições físicas, mal conseguindo ficar em pé, e apresentando vômito e fezes. Em razão do quadro de saúde, ele permaneceu por um tempo no posto do Corpo de Bombeiros.

Ao ser detida por PMs, ela teria apresentado possíveis sinais de um quadro de transtorno. A suspeita foi levada para a 9ªDP e autuada em flagrante por crime de maus-tratos.

O delito prevê pena de dois a cinco anos de prisão em caso de condenação. Procurada, a Polícia Civil confirmou que a suspeita foi autuada em flagrante.

Fonte: O Dia

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