Por David Arioch
Uma campanha pró-vegana idealizada pelo site Egg-Truth está se espalhando por pontos de ônibus em Toronto, no Canadá. O objetivo da iniciativa, que pede aos consumidores para não consumirem ovos, é destacar que esse consumo impõe privação e sofrimento às galinhas – e também pedir para que os transeuntes deem uma olhada nas informações disponíveis no site.
Afinal, uma galinha selvagem bota 10 a 15 ovos por ano, mas podendo chegar a 30, e apenas no período natural de reprodução. Porém, as galinhas modernas, que produzem os ovos mais consumidos em todo o mundo, foram manipuladas geneticamente para botarem até 350 ovos por ano.
Além disso, a produção de ovos é extremamente exaustiva, porque o ovo requer muitos nutrientes, especialmente o cálcio que é um importante nutriente da casca. Para cada casca de ovo produzida, uma quantidade considerável de cálcio é drenada do corpo de uma galinha.
Por isso, as galinhas poedeiras geralmente sofrem de osteoporose, e têm ossos bem frágeis se comparados aos das galinhas selvagens. Há casos em que a deficiência é tão grande que elas sofrem de quebra de ossos mesmo sem fazer esforço.
Além do uso de luz artificial nas granjas, como forma de condicionar as galinhas a botarem ovos fora do seu ciclo natural, há também outra prática reprovável que é deixar as galinhas sem comida e água por dias.
Aparentemente, isso causa um choque no organismo da galinha e a estimula a botar mais ovos caso a produção tenha caído ou estagnado. A prática pode ser aplicada algumas vezes antes da galinha se enviada ao matadouro.
Outro ponto de reflexão é que galinhas poedeiras exploradas em níveis industriais não raramente sofrem de prolapso uterino, câncer de ovário, peritonite, esteatose (síndrome do fígado gorduroso) e fadiga crônica. Normalmente, uma galinha pode viver por pelo menos dez anos, mas no sistema industrial a sua expectativa de vida é de um a dois anos.