Uma câmera deixada na floresta protegida de Bukit Betabuh, na Sumatra, a maior ilha indonésia, flagrou um tigre-de-sumatra, subespécie rara de felino, caminhando durante a noite.
O animal, curioso, apareceu em frente ao aparelho, cheirou e depois foi embora, no dia 5 de maio deste ano. Seu aparecimento teria sido uma boa notícia para ambientalistas, mas, sete dias depois, a mesma câmera grava um trator arrasando a cobertura vegetal do lugar onde estava o felino.
Um dia depois do desmatamento, o tigre reaparece no mesmo local, agora devastado. A armadilha de vídeo foi colocada por ambientalistas da ONG WWF e parceiros com o objetivo capturar imagens do tigre raro e investigar seus hábitos e ameaças que enfrenta.
Existem cerca de 400 representantes vivos do tigre-de-sumatra soltos no mundo, em situação crítica, e o animal está seriamente ameaçado de desaparecer para sempre do planeta. Esta floresta tem um papel importante para a manutenção dos animais porque funciona como corredor vegetal.
O objetivo dos ambientalistas e de autoridades das regiões onde vivem estes felinos é dobrar sua população selvagem até o ano de 2022. Mas ele têm um longo caminho a percorrer. As ilhas da região têm sua cobertura vegetal cada vez mais destruída para o cultivo da palma, mais conhecida no Brasil como dendezeiro, para fabricação de óleo. Outra ameaça aos tigres são caçadores. Em março deste ano 110 armadilhas foram encontradas na floresta Bukit Betabuh, segundo a WWF.
Fonte: Revista Galileu