Câmeras de segurança de uma casa no bairro Jardim Palmares em Ribeirão Preto (SP) flagraram o momento em que uma cadela da raça yorkshire é sequestrada pelos ocupantes de um carro na porta da residência onde ela vivia. A tutora do animal, a representante comercial Jose Mari Vieira do Nascimento, esteve nesta sexta-feira (7) na delegacia para registrar o caso. “Ela era o bebezão da casa”, conta. A Delegacia de Proteção aos Animais está investigando o caso.
A cadela Jully, de 4 anos, desapareceu na noite de 30 de maio. Na ocasião, Jose comemorava seu aniversário de 35 anos em casa. Segundo ela, Jully aproveitou o momento em que um dos convidados da festa chegou ao local para escapar. “Nem cantamos parabéns. Não teve festa, nem nada, saiu todo mundo na rua procurando”, relata Jose Mari.
Desde então, a representante comercial e a família dela deram início a uma grande busca por Jully. Foi quando um vizinho, que possui câmeras de segurança no imóvel, descobriu que o equipamento havia registrado o momento em que um carro leva a cadela que estava na rua.
Nas imagens, é possível ver o momento em que um carro passa pela rua, às 19h54, e o motorista nota a presença do animal em frente a casa de Jose. Ele segue até a esquina, retorna e para em frente ao imóvel. Neste momento, a porta do passageiro se abre e a cadela que estava na calçada se aproxima. Na sequência, o carro deixa o local e o animal não é mais visto.
As imagens foram entregues à polícia e a família deu início a uma campanha na internet e pelas ruas do bairro com cartazes em busca de notícias que possam ajudar a encontrar Jully.
Segundo Jose Mari, o desespero da família aumenta porque a cadela sofre de problemas no coração e precisa tomar remédios duas vezes ao dia desde que tinha 6 meses de idade. “O problema que mais preocupa a gente é que ela é cardíaca. Já estão mais ou menos 17 doses atrasadas [de medicamentos] e ela já deve estar sofrendo crise e não sei se a pessoa que está com ela está entendendo o que é isso”, afirma.
A representante comercial acredita que a pessoa que tenha levado Jully seja moradora do Jardim Palmares. “Eu desconfio que a pessoa que está com ela possa ser do bairro, porque os cartazes que eu estou colocando nos muros estão sumindo. Aqui em casa está todo mundo sofrendo porque era uma filha. Eu agora estou melhor por causa de muita oração, mas meu marido está muito mal, era o mais apegado”, declara.
Polícia Civil
O delegado titular da Delegacia de Proteção aos Animais em Ribeirão Preto, Luiz Geraldo Dias, que está investigando o caso, disse que o delito é considerado um furto de natureza grave. Segundo ele, o crime pode resultar em prisão de até cinco anos, em vista do envolvimento sentimental das vítimas com o animal furtado. “É como se a família perdesse uma pessoa de dentro de casa, cria-se aquele vínculo de ambientação, de amor, de carinho”, afirmou.
Fonte: G1