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Cadela é resgatada com patas atrofiadas após confinamento em Salvador (BA)

2 de agosto de 2013
2 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Uma cadela da raça Rottweiler foi resgatada nesta terça-feira (30), em Salvador (BA), após denúncias de moradores do bairro. O animal de aproximadamente 50kg vivia a maior parte do tempo amarrado a uma pedra, num espaço de menos de um metro quadrado, sem direito a se exercitar dentro ou fora da residência.

Uma oficial de justiça encarregada de cumprir liminar concedida pelo Juizado Cível de Piatã, para fazer a busca e apreensão da cadela Lessy, compareceu ao local acompanhada da vereadora Ana Rita Tavares (PV) e representantes da ONG Terra Verde Viva. O grupo ainda teve apoio de uma guarnição da 37ª Companhia da Polícia Militar.

Como não houve resistência por parte da guardiã, a cadela foi retirada da casa com a aprovação dos vizinhos, indignados com a maneira como o cão era mantido preso. “Estou muito feliz por terem tirado ela daí. Há mais de um ano que vemos a cadela nessa situação, amarrada e deitada sobre as próprias fezes. A tutora ainda jogava água nela toda noite, dizendo que era pra diminuir o mau-cheiro”, disse uma moradora que não quis se identificar.

Lessy já apresentava atrofia nas patas dianteiras e parecia não se alimentar há muito tempo. Por isso, devorou em poucos segundos uma lata de ração, oferecida pelos ativistas, e se apressou para sair da casa onde era mantida presa. Ela foi avaliada pelo médico veterinário Nilson Carvalho, que apontou aumento do fígado e baço, obesidade – possivelmente pela dieta desequilibrada – e suspeita da doença do carrapato (erlichiose). “Ela também apresenta atrofia dos membros anteriores, provavelmente pelo confinamento num local tão pequeno”, disse o veterinário.

Edna Lopes, guardiã do animal, ainda tentou se justificar, dizendo que pretendia colocar a cadela em outro local, ignorando as acusações de que a mantinha nessas condições por mais de um ano. Questionada pela vereadora Ana Rita, com relação aos maus-tratos contra o animal, ela disse não saber que amarrar cachorro era crime. “Cachorro é cachorro, gente é gente. Não me compare a ela”, resumiu.

A vereadora considerou inacreditável a dona de casa confinar uma cadela de quase 50 kg num local onde o animal não conseguia nem girar o próprio corpo. “É surreal a insensibilidade dessa senhora, mas, graças à denúncia dos vizinhos, pudemos tirar o pobre animal desse sofrimento terrível”, disse.

Caso seja confirmada a doença do carrapato (erlichiose), após os exames de laboratório, Lessy vai precisar passar por um mês de tratamento, mas já tem um novo lar garantido. Segundo a vereadora Ana Rita Tavares, uma pessoa já demonstrou interesse em adotá-la.

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