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AVENTUREIRA

Cadela conhece 30 países ao fazer viagens ao lado de sua tutora

Com sete anos de idade, a golden retriever é companheira fiel de sua tutora, Talita Meurer Alberti, que encontrou um sentido para a própria vida após a chegada da cadela

18 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
5 min. de leitura
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Foto: Arquivo Pessoal

Ao lado de sua tutora, a cadela Lilo se tornou uma apaixonada por viagens. Desde que começou a viajar, em 2014, ela já conheceu sete estados brasileiros e 30 países. Entrar em um avião já se tornou algo comum para a cadela, que já embarcou em aeronaves mais de 30 vezes.

Com sete anos de idade, a golden retriever é companheira fiel de sua tutora, Talita Meurer Alberti, que encontrou um sentido para a própria vida após a chegada da cadela. “Naquela época, eu já havia me formado na faculdade, mas me sentia perdida. Ainda morava com minha família, trabalhava o dia todo, mas não sabia direito para onde estava caminhando. E aquilo me deixava muito mal. Em um lampejo, decidi que a solução para minha tristeza era ter um cachorro”, disse ao UOL.

Para dar mais conforto à cadela, Talita saiu da casa dos pais e foi morar sozinha. “Era ela quem me dava suporte emocional quando eu chegava no meu novo apartamento vazio. E ela esteve comigo em tudo o que veio depois disso”, afirmou.

“Quando comecei a viajar, eu não via sentido em deixá-la com parentes e amigos, pois sempre estivemos juntas desde o começo desta história. Para mim, parecia algo totalmente lógico levá-la comigo”, completou.

Foto: Arquivo Pessoal

As primeiras viagens da dupla foram feitas dentro do Brasil. Juntas, elas percorreram as estradas brasileiras dentro de um carro e pouco tempo depois partiram para outros países. “Em uma viagem que fiz sozinha para os Estados Unidos, vi cachorros viajando tranquilamente no aeroporto com seus donos. E aquilo acendeu uma luzinha na minha mente”, comentou.

“A primeira viagem internacional que encarei com a Lilo aconteceu um ano depois. O destino foi a Europa, que eu via como um lugar bastante fácil para pets. Na Europa, por exemplo, os cachorros são liberados em transportes urbanos e também em trens internacionais”, acrescentou.

De acordo com Talita, ter Lilo como companhia nas viagens fez com que ela mudasse seus objetivos durante os passeios. “Uma das mudanças que a Lilo me obrigou a fazer foi começar a gostar de passeios na natureza, com mais caminhadas em praias, parques e paisagens naturais. Nossas viagens ficaram mais focadas nisso. Nada de shoppings”, contou.

Foto: Arquivo Pessoal

Nos últimos anos, as viagens passaram a contar aina com a participação do companheiro de Talite, Rennan Duarte. “Algumas das experiências mais legais que tivemos com a Lilo aconteceram na praia. Ela ama o mar. E já tivemos que intervir para salvá-la algumas vezes. Não porque ela fosse se afogar, mas porque se eu deixasse ela teria me abandonado para procurar Atlântida”, brincou.

Nas aventuras ao lado da tutora, Lilo chegou a morar fora do Brasil por alguns meses. “Moramos três meses em Budapeste, na Hungria, ao lado do Varosliget, um parque com um lago enorme junto a um castelo, onde eu levava a Lilo para nadar quase todos os dias. E, em Andorra, curtimos a neve em estações de esqui”, contou Talita.

Para que a cadela possa viajar ao seu lado, a tutora providencia todos os documentos necessários e arca com os valores das passagens aéreas de Lilo. “Quando pegamos avião, a Lilo viaja em uma caixa no porão da aeronave. Mas é um ambiente climatizado, próprio para o transporte de animais. E nunca passei perrengue com companhia aérea, pelo contrário. Acho que sou até melhor assistida por estar com um animal. Mas é claro que o coração fica apreensivo por não ver ela durante o voo”, comentou.

Foto: Arquivo Pessoal

Uma das exigências para a viagem é a apresentação de um documento emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além disso, dependendo do país para onde o animal será levado, há burocracias extras.

“No geral, o que eles querem é garantir que seu cão é saudável e que você não está levando nenhuma ‘praga’ para o território deles. Então, para quem tem um cão vacinado, com vermífugo e com controle de carrapatos em dia, a burocracia costuma se resumir a comprovar isso com documentos”, explicou Talita.

“Em uma viagem recente para a Europa, a Lilo pagou 200 euros (cerca de R$ 1232), enquanto nossa mala de 23 quilos custou 80 euros (cerca de R$ 492). E acho que o gasto com a Lilo, apesar de maior, compensou mais. A mala só me deu trabalho pra carregar”, acrescentou.

De acordo com Talita, os tutores que planejavam viajar de avião com seus animais devem acostumá-los a sair de casa para que a viagem ocorra de maneira tranquila. “A primeira dica é acostumar ele desde pequeno a sair de casa, dormir fora, mesmo que seja acampando ou dormindo na casa de amigos ou de familiares. Isso faz com que o cão aprenda a se sentir confortável fora do seu território”, pontuou a brasileira, que também recomenda adestrar o animal, especialmente se ele for de grande porte, para que se comporte durante o trajeto.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

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