Um cachorro da raça dogue alemão está fazendo sucesso em Votorantim, cidade de 122 mil habitantes a 108 km da capital paulista. Grandão, como é chamado pela família, tem três anos e atingiu 1,06 metro de altura na cernelha.
Grandão nasceu em Ribeirão Preto, no noroeste de São Paulo, e há dois meses se mudou da cidade com a tutora Isa Marinho, o marido e os filhos. Anos antes, ele tinha chegado à nova família graças à insistência da filha mais velha de Isa, que pedia muito para ter um “animalzinho”.
Os tutores sabiam tratar-se de uma raça de grande porte: um dogue alemão macho atinge entre 78 cm e 86 cm de altura na cernelha. Mas Grandão surpreendeu a todos e pode ganhar o título de “maior cão do mundo”.
Por enquanto, o título, certificado pelo Guinness Book of Records, pertence a outro dogue alemão que vive nos EUA: Zeus mora em Bedford, no Texas, e tem 1,046 metro de altura. Ao que tudo indica, Grandão ultrapassa Zeus em pouco menos de dois milímetros.
Apesar do tamanho imenso (ou talvez por isso mesmo: eles não precisam provar nada a ninguém), os dogues alemães são animais calmos e equilibrados, adotados quase sempre como cães de companhia.
A raça tem origem antiga e controversa. Diversos países europeus reivindicaram a “paternidade” e cães parecidos com os atuais dogues alemães (também chamados de grandes dinamarqueses) já eram descritos no século 18, como excelentes parceiros na caça de javalis, lobos e ursos.
Acredita-se que a raça seja descendente dos antigos molossos assírios, levados para a Europa pelos romanos, no século I a.C. O dogue alemão já esteve presente na primeira exposição canina oficial da história, realizada em Hamburgo (Alemanha), em 1863.
O Grandão
O cachorro vindo de Ribeirão Preto já tinha atingido a altura atual quando foi adotado pela família de Votorantim. Em pé sobre as patas traseiras, Grandão atinge 2,20 metros, come 2 kg de ração diariamente e pesa 86 kg. “Eu meço só 1,63 m, minha filha tem 1,65 m”, brinca a tutora.
Isa foi entrevistada pela equipe regional do G1, portal noticioso das Organizações Globo. Ela disse que gosta de cães de grande porte, já teve um São Bernardo e outro da mesma raça de Grandão. Como mora em uma cidade de clima quente, ela optou por um animal de pelagem curta.
Grandão, adotado ainda filhote, já é um animal adulto, mas é jovem e saudável. Com tanta vitalidade à disposição, ele consome energia da maneira que conhece: brincando. De acordo com a tutora, o dogue alemão “não faz ideia do tamanho que tem; ele não tem noção do seu tamanho”.
Em muitas ocasiões, Grandão se comporta como se fosse um cãozinho de pequeno porte. A tutora afirma que ele adora ficar no colo (neste caso específico, os tutores se sentam e ele apoia a cabeça no colo), brinca, pula, adora puxar as pessoas com as patas e não consegue dimensionar a força física que tem.
Desde a chegada de Grandão, a casa teve de passar por algumas adaptações. Como o cachorro adora dormir ao lado dos filhos de Isa, ela trocou as camas de solteiro por outras de casal. A providência, no entanto, não foi totalmente positiva: uma das coisas que o dogue alemão mais gosta de fazer é empurrar os “irmãos” para fora da cama.
A família acabou se mudando de casa, porque, nas brincadeiras no jardim, nenhuma espécie de planta conseguia resistir. Grandão não é dado a escavações, mas as patadas, corridas e recuos impediram qualquer tipo de paisagismo.
Grandão passeia todos os dias com a tutora pelas ruas do bairro, como todos os cães devem fazer para garantir o equilíbrio físico e emocional. Naturalmente, ele atrai a atenção de todos que passam, por causa do tamanho e também por causa do comportamento dócil.
Fonte: Cães On Line