Por Natalia Cesana (da Redação)
Chamava-se Zara nos dois primeiros anos e meio de vida, depois Diana nos quatro anos e meio seguintes e há duas semanas voltou a ser Zara. Terminou do melhor modo possível a odisseia de uma cachorrinha desaparecida e reencontrada graças ao microchip , quando os tutores já haviam perdido todas as esperanças. As informações são do jornal La Stampa.
Uma cadela muito amada, mas desaparecida há mais de quatro anos. Toda a busca feita no boca a boca, estrada por estrada, havia sido inútil até o telefonema do canil de Trofarello, na Itália, dias atrás.
“Perguntaram se eu tinha um cachorrinho peludo, engraçadinho”, conta Giovanna Tosco. “Logo percebi que a Zara havia sido encontrada e corri ao canil com minha filha. Choramos muito, porque ela logo nos reconheceu. Nosso maior pesadelo por todo esse tempo era que alguém a fizesse mal.”
O curioso é que Zara, uma mestiça de husky com vira-lata, sempre esteve nos arredores de casa. A família que a encontrou precisou levá-la para o canil, pois não podia mais tomar conta dela. Durante uma consulta veterinária de rotina, o microchip foi percebido. Quem abrigou Zara por todo esse tempo pensou que ela havia sido abandonada e, na pior das hipóteses, agiu de boa fé.
Na realidade, Zara se distanciou do jardim de casa durante o passeio cotidiano que dava no quarteirão. Um ímpeto de liberdade que lhe custou caro: o casal que a encontrou a mantinha em uma horta mal cuidada e por todo esse período ela nunca foi levada ao veterinário.
Agora Zara brinca em uma família numerosa, com outros três cachorrinhos e muitos gatos. “Se todos os cães tivessem microchip, os canis não teriam mais razão de ser, pois seria muito mais difícil perder ou abandonar um animal. Mas muitas pessoas não conhecem as leis”, explica Paolo Pallesio, responsável pelo canil de Trofarello.
Na Itália, o cadastro, além de ser obrigatório desde 2008, pode trazer um final feliz a tantas histórias como a de Zara.