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Caça a golfinhos no Japão pode se tornar ilegal

24 de fevereiro de 2019
3 min. de leitura
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Foto: Pixabay

O Japão vem sendo duramente criticado por ativistas e simpatizantes da causa, principalmente após o documentário “The Cove”, de 2009. As práticas bárbaras de caça e captura de golfinhos continuaram sem limites, particularmente em Taiji.

Na captura, os animais são perseguidos, atordoados e encurralados em uma enseada para que não possam escapar. Enquanto milhares deles são brutalmente mortos durante a caça, outros são escolhidos para serem explorados como entretenimento humano.

A Action for Dolphins afirma que o método de matar esses animais é particularmente desumano; os golfinhos sangram por vários minutos, resultando em uma morte lenta e dolorosa. Segundo o filme, 23.000 golfinhos e botos são brutalmente mortos no Japão todos os anos.

Os ativistas também observam que, como os golfinhos são tecnicamente mamíferos e não peixes, os caçadores de Taiji estão infringindo a lei, removendo-os do oceano para serem vendidos por sua carne ou para aquários.

A executiva-chefe da Action for Dolphins, Sarah Lucas, disse:  “Os golfinhos são erroneamente vistos como ‘peixes’ no Japão e, portanto, as leis domésticas que protegem os mamíferos da crueldade não foram aplicadas a elas”.  Mas os pescadores de Taiji alegam que não pretendem acabar as caçadas, observa o The Guardian. Segundo eles, a caça de golfinhos é uma parte crucial da economia da cidade. Também tem significado cultural.

Lucas sustenta que, se o desafio legal não for bem sucedido e a caça continuar, isso poderá ter consequências desastrosas para os mamíferos marinhos. As informações são do LiveKindly.

“A caça irresponsável de centenas de golfinhos e baleias contribuiu para a quase eliminação de algumas espécies em águas japonesas”, explicou ela.

Outro porta-voz da Action for Dolphins acrescentou: “Isto não é sobre lançar críticas ao Japão, mas sobre o cumprimento das leis do país. Estamos tentando despolitizar o debate”.

A indústria baleeira do Japão recentemente chegou às manchetes depois que se retirou da Comissão Baleeira Japonesa. Alguns acharam que a medida foi um passo atrás no progresso contra a indústria, no entanto, a organização de conservação dos oceanos Sea Shepherd rotulou a notícia como uma “vitória”.

De acordo com a Sea Shepherd, retirando-se da comissão, o Japão essencialmente se declarou como uma “nação baleeira pirata” ilegal, facilitando a luta contra os caçadores ilegais japoneses.

A crueldade japonesa                           

Outra triste notícia também foi divulgada pela ANDA em setembro de 2018: golfinhos estavam sendo brutalmente explorados para preparação das Olimpíadas de 2020, no Japão.

Os foram forçados a fazer truques para uma multidão, como um “evento de teste pré-olímpico”.

De acordo David Phillips, diretor executivo do Projeto Internacional de Mamíferos Marinhos  liderado pelo Earth Island Institute, o evento “é um lembrete crucial de como o governo japonês e o Comitê Olímpico Japonês estão explorando golfinhos e baleias, em desafio do resto do mundo”.

“Esses golfinhos passam fome fome para fazer os truques. Eles são mantidos em confinamento desumano em pequenos tanques de concreto altamente clorados. E, pior, eles foram capturados da maneira mais desumana possível, arrancados da natureza e de suas famílias e são assassinados sem piedade”, acrescentou.

 

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