Quando Piper Wood viu a cabra de quatro meses dentro do pequeno canil de concreto, seu coração se despedaçou e ela soube que tinha que ajudá-la.
“Ela estava tão deprimida no canil. Ela estava lá há dois dias e chorava o tempo todo”, disse Wood, fundadora da Hand in Paw, uma organização de resgate em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Wood soube sobre a cabra, a quem deu o nome de Clementine, a partir do relato do gerente do Duarte Azusa Animal Hospital. Clementine foi levada para a clínica depois de quebrar a perna.
“Ela [ex-tutora] queria uma cabra, mas vivia em um pequeno apartamento. Acho que o namorado comprou uma cabra para ela, mas eles não tinham onde mantê-la”, disse Wood.
O namorado da ex-tutora trabalhava em uma oficina de autopeças, de acordo com Wood, então o casal decidiu manter a cabra ali, um ambiente completamente inapropriado.
Clementine acabou quebrando a perna na loja. “Ela estava pulando, ficou com a perna presa em alguma coisa e teve uma fratura muito ruim na perna traseira”, disse Wood.
“Havia peças de automóveis e metal em todos os lugares. Não existia grama, era apenas um lugar horrível para uma cabra “, explicou.
O chifre da cabra também havia sido removido, de acordo com Wood, o que envolve a colocação de um ferro quente para impedir o crescimento dos chifres.
Um dos funcionários levou Clementine para a clínica veterinária, onde ela recebeu tratamento de emergência.
“Ela não conseguia usar a perna de modo algum”, disse Donna Menzemer, gerente do Duarte Azusa Animal Hospital, ao The Dodo.
“Recebeu alguma sedação leve e raios-X e receber uma tala, além de injeções de antibióticos e antibióticos orais durante dias”, completou.
Quando descobriram que os custos eram superiores a US$ 500, os tutores não queriam pagar – em vez disso, eles simplesmente pediram a cabra de volta, de acordo com Menzemer.
Assim, a clínica veterinária não teve escolha senão manter a cabra até que a conta fosse paga. Se eles não pagassem e no prazo de 14 dias, o Departamento de Serviços de Animais consideraria a cabra oficialmente abandonada.
O problema era que a clínica veterinária não tinha um recinto apropriado para uma cabra, então eles tiveram que manter Clementine dentro de um canil.
“Ela amava as pessoas, por isso estava chorando porque nos queria o tempo todo. Eu senti tão mal por ela”, disse Menzemer.
Vendo o quão triste Clementine estava em seu canil, Wood fez um acordo com o veterinário para levá-la a Pasadena, para viver com 15 cães resgatados. Se os tutores pagassem a quantia que deviam, ela renunciaria à cabra. Se não o fizessem, Wood a adotaria.
No momento em que Clementine chegou à nova casa, Wood percebeu que ela estava muito mais feliz.
“Ela se conectou instantaneamente a todos os meus cachorros. Amava a grama, e estava correndo. Ela dorme nas camas dos cachorros. Compartilha vasilhas com eles, se tornou uma parte da matilha. Ela particularmente adora nosso poodle, Stewart “, contou Wood.
Wood também se conectou profundamente a Clementine e ficou apavorada com a possibilidade de a cabra ser levada pelo antigo tutor.
Porém, ela conseguiu adotar Clementine oficialmente. Wood estava mais do que maravilhada.
“É como se todos os desejos de Natal se tornassem realidade. Falei sobre ter uma cabra por toda a minha vida e, no momento em que recebi esse telefonema, deixei tudo para vê-la, e eu sabia que ela era a certa, mas nunca pensei que seria uma realidade”, disse.
No entanto, a perna de Clementine ainda não se recupertou totalmente. Depois de tirar radiografias em sua visita ao veterinário, o profissional notou que os ossos não estão se curando muito bem e que ela pode precisar de chapas de aço. Mas o que quer que aconteça, Wood estará ao lado de Clementine.
“Ela é parte da família agora. Eu simplesmente a amo”, finalizou Wood.