Com o registro de 13,04 milhões de porcos mortos em um período de 90 dias, o que significa 4,34 milhões por mês e mais de 144 mil por dia, o Brasil alcançou mais um recorde de matança de porcos no segundo trimestre de 2021, de acordo com a verificação realizada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este é o maior número de porcos mortos nesse período desde 1997, quando o sistema de pesquisa trimestral do IBGE sobre a produção pecuária foi estabelecido.
“É um recorde na série histórica”, ressalta o levantamento, que também constitui um aumento de 7,6% em relação ao mesmo período de 2020 e de 2,9% comparado com o primeiro trimestre de 2021.
São executados mais de seis mil porcos por hora, lembrando que no ano passado o Brasil já havia alcançado outro recorde em matança de porcos, com aumento de 6,4% em relação a 2019 e média de 4,10 milhões de suínos mortos por mês. E no ano de 2021, essa média já foi ultrapassada no segundo trimestre.
Entre os mamíferos reduzidos a alimentos e outros produtos, os porcos estão em primeiro lugar. Mata-se no mundo todo pelo menos três vezes mais porcos do que bois e vacas, de acordo com os registros da organização britânica Animal Ethics.
No sistema industrial de produção suína, além do corte de cauda e de dentes, prática comum e sem anestesia, o desmame ocorre de maneira forçada quando os porcos têm de 18 a 21 dias de idade. E mesmo sendo animais sociais, são mortos com idade que podem variar entre cinco a seis meses.
Pense na experiência em ser conduzido a viver apenas até a metade de um ano para ser reduzido a pedaços de carne. Mas não sem antes receber choque por meio de eletronarcose no “melhor dos cenários” e por fim, ser degolado após uma vida de privações impostas pelo sistema de produção.
Até por que, você é criado para conquistar um objetivo comercial, ou seja, ser e morrer para virar um produto ou fonte de ingredientes para uma diversidade de produtos. É muita crueldade !