EnglishEspañolPortuguês

ALÉM DA BARBÁRIE

Brasil chocado com a impunidade: até quando a violência contra animais será tratada como crime menor?

20 de agosto de 2025
Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação

Os brasileiros assistiram estarrecidos ao caso de crueldade que desafia qualquer noção de humanidade, em Bananal, interior de São Paulo. Um inocente cavalo teve as patas friamente decepadas por Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, 21 anos, que confessou o crime. O caso, classificado por especialistas como um dos mais bárbaros já registrados no mundo, provocou revolta nas redes sociais, mobilizou artistas e aumentou a pressão por mudanças na legislação de proteção animal.

Uma cena de horror. De acordo com a investigação da Polícia Civil, após cortar as patas do animal, o jovem e um colega amarraram o corpo a um carro e o arrastaram por cerca de 700 metros até abandoná-lo em uma vala. Uma veterinária chamada pela polícia avaliou o cavalo e especialistas agora tentarão determinar se ele morreu antes ou depois das mutilações.

Testemunhas relatam que o cavalo havia percorrido 14 km antes de cair de exaustão. Ainda assim, mesmo que estivesse morto, o ato de mutilar e arrastar o animal é considerado um caso evidente de maus-tratos e crueldade.

O crime teve ampla repercussão. Cantores e influenciadores como Ana Castela e Gustavo Tubarão repudiaram o episódio. A comoção levou a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) a anunciar a apresentação de um projeto de lei para endurecer as penas contra crimes de maus-tratos a todos os animais, não apenas para cães e gatos, já contemplados pela Lei Sansão.

Em meio à comoção geral, a presidente da Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA), Silvana Andrade, amplifica o coro de especialistas que veem uma conexão direta entre a violência contra animais e a degradação do tecido social. “Cada vez que um caso de extrema brutalidade é tratado com leniência pelo Estado, nós retrocedemos como sociedade. Quando o sistema penal falha em reconhecer isso, ele está negando justiça e minando os próprios fundamentos. Não podemos mais conviver com esse tipo de impunidade, que alimenta um ciclo perverso de mais violência e menos empatia”, afirma.

    Você viu?

    Ir para o topo