Um boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) passou um enorme sufoco por conta do baixo nível do rio Pauto, na Amazônia colombiana. O animal precisou ser resgatado e transferido após passar quase um mês encalhado. A região vem encarando fortes ondas de calor e duras secas em todo o território.
O boto foi retirado do rio e levado em um caminhão modificado até Paz de Ariporo, onde embarcou em um avião da Força Aérea da Colômbia, que o levou até o município de Orocué, onde finalmente o boto-cor-de-rosa pode ser solto, nas águas do rio Meta.
En un C-208 Caravan de su @FuerzaAereaCol fue transportado un delfín rosado en peligro, desde el río Pauto en Pore hasta el río Meta en Orocué #Casanare una misión conjunta con @ArmadaColombia e interagencial con @Corporinoquia y @FundacionOmacha.
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— Fuerza Aérea Colombiana (@FuerzaAereaCol) January 11, 2022
A aeronave que deslocou o cetáceo precisou ser adaptada para realizar o transporte. O C-208 da Força Aérea colombiana teve três conjuntos de cadeiras removidos e amarrações de carga adaptadas na parte traseira para fornecer espaço suficiente para o golfinho.
Toda a viagem foi acompanhada por uma equipe interdisciplinar de veterinários e biólogos, que foram responsáveis pelo resgate e soltura do animal em Orocué.
O boto-rosa é o maior cetáceo de água doce do mundo e foi classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como espécie em risco de extinção.
Esse mamífero vive na bacia dos principais rios que atravessam a floresta amazônica, abrangendo países como a Colômbia, Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.