Em junho deste ano, 41 bois fugiram de um matadouro em Pico Rivera, a 18 quilômetros de Los Angeles, no sul da Califórnia, inúmeros veículos de comunicação em diversos países divulgaram a fuga.
A visibilidade da história não impediu que 38 dos animais fossem capturados e enviados para o matadouro e sem possibilidade de escapatória.
Os animais acabaram reduzidos a pedaços de carne e vendidos a consumidores que talvez até tenham se emocionado ao vê-los correndo pelas ruas em busca da liberdade.
Dois dos animais ainda estão vivos e foram encaminhados para um santuário por intervenção da cantora e compositora Diane Warren. Um exemplo é a vaca June B. Free que hoje vive no Farm Sanctuary.
Outra vaca, que buscava a liberdade e fazia parte dos “41 de Pico Rivera”, não chegou a ir para o matadouro, mas não teve um final feliz. Ela foi morta a tiros por um policial sob a justificativa de “comportamento perigoso” enquanto corria pelas ruas.
A fuga e o resultado despertaram cinco entidades a instalarem esta semana um painel em homenagem aos 41 animais, ressaltando a importância de não esquecê-los e de não contribuir por meio do consumo com a morte de outros animais.
“Esses animais querem viver assim como nós queremos. A conexão precisa ser feita, e não é sobre ‘o que’ as pessoas estão comendo, mas sobre ‘quem estão comendo’, disse Ellen Dent, cofundadora da Animal Alliance Network, deixando claro que são vidas reduzidas a produtos.
O painel foi uma iniciativa da AAN em parceria com a Peace 4 Animals, World Animal News (WAN), Farm Sanctuary e Animal Save Movement.