Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Algumas semanas atrás, um caminhão lotado de vacas em direção ao matadouro bateu na traseira de outro veículo em Indiana (EUA) e pegou fogo. Uma coletiva de imprensa da Farm Sanctuary descreveu a cena: “Bois e vacas andavam pelas ruas em estado latente, ou ainda em chamas. Outros estavam caídos mortos no asfalto, com ferimentos tão horríveis que era possível ver seus ossos.” Uma testemunha disse: “foi a pior coisa que eu já vi!”
Trinta e quatro vacas estavam envolvidas no acidente, 18 morreram no local. Quinze foram transportadas para o abatedouro e morreram de qualquer jeito. Apenas um boi saiu vivo.
O animal de dois anos, que agora se chama Jay, estava determinado a viver. Ele tentou pular um muro de três metros para se libertar, e, apesar de não ter conseguido, continuou evitando a captura. Quando os oficiais finalmente conseguiram pegá-lo, 12 horas depois, o boi já havia conquistado respeito e admiração a ponto de ser levado até o abrigo local, onde esperou o transporte para a Farm Sanctuary.
Infelizmente, sua provação na rodovia não é tão incomum como muitos acreditam. Não muito depois de o caminhão de Jay pegar fogo, um caminhão que levava 176 porcos tombou em uma curva de uma rodovia em Nebraska. No final de julho, cinco vacas fugiram quando um caminhão capotou no Michigan – uma fazenda-santuário local ainda está procurando-as para resgatá-las.
A Farm Sanctuary relatou que se depararam com 233 acidentes num período de seis anos, resultando em pelo menos 27 mil mortes animais e incontáveis feridos. E isso com base apenas em arquivos de mídia, o número pode ser centenas de vezes maior. Os chamados “animais de consumo”, como quase todos os aspectos de crueldades em fazendas, não têm leis de proteção que envolvam transporte – e o governo não exige que tais acidentes sejam relatados.
Qual o destino desses animais? Ocasionalmente, é chamado um veterinário para sacrificar os animais que estejam sofrendo, às vezes são até tratados e medicados. Mas quase sempre voltam a uma carreta apertada para terminar a viagem ao matadouro; ou são baleados pela polícia ou controle de animais.
Com informações de Animals Change