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DIA A DIA

Bióloga resgata filhote de urubu na área comercial de Belém (PA) e compartilha rotina do pássaro nas redes sociais

Ave batizada de 'Lindolfo Uruputo' passa por reabilitação com auxílio da moradora de Belém após cair do ninho. Madlene Cardoso já auxiliou outros animais silvestres a voltarem à natureza.

20 de julho de 2022
3 min. de leitura
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Filhote de urubu é resgatado por bióloga paraense. — Foto: Reprodução / Redes sociais

Após ver uma publicação na internet, Madlene Cardoso, de 31 anos, decidiu resgatar um filhote de urubu que havia caído de um ninho em frente ao Arquivo Central, no bairro do Comércio, em Belém, em 10 de julho. Madlene deu o nome do novo hóspede de Lindolfo Uruputo e, desde então, compartilha a rotina do pássaro nas redes sociais até que ele esteja reabilitado para voltar à natureza.

“Como ele não é tão pequeno, já come sozinho. Só deixei em isolamento porque tenho 12 gatos em casa. Ele já está no tamanho de uma galinha e já fez boa parte das trocas das penas, porém ainda não voa, nada”, disse a paraense.

A bióloga contou que soube do animal por meio de uma foto na internet, que mostrava a situação do urubu há horas no chão. Ela, que já realiza um trabalho de resgate com outras espécies, se solidarizou com o inusitado.

“Seria muito capaz que as pessoas machucassem ele nesse estado de vulnerabilidade. Ele caiu do ninho acima do prédio, mas não tinha como colocar de volta, pois é muito alto e o prédio fica fechado”, explicou.

Ave foi encontrada na área do comércio de Belém. — Foto: Reprodução / Redes sociais

Segundo ela, o Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) e o Corpo de Bombeiros já tinham sido acionados, mas não compareceram para efetuar o resgate. O BPA, por sua vez, informou ao g1 que não foi acionado para atender a ocorrência e os bombeiros não responderam até a publicação.

A Polícia Militar orienta que em casos semelhantes, a população ligue gratuitamente para o número 190. Após a ligação, o Centro Integrado de Operações (Ciop) deve acionar uma viatura do BPA para verificar o caso e encaminhar o animal silvestre para um local seguro.

Rotina nas redes sociais

A bióloga compartilhou o amor pelos animais, principal motivação para ter feito biologia. Na universidade, Madlene fez parte de conselhos de ética , além de apresentar palestras sobre tráfico de animais e legislação ambiental para infratores.

“Sempre aparecem alguns casos de animais silvestres precisando de ajuda. Como cuido em casa, recebo só os que estão dentro do meu limite para ajudar, principalmente aves pequenas e mucuras. Urubu é a primeira vez mesmo“, relatou.

Sobre o futuro da ave, a bióloga comentou que irá devolver à natureza assim que ele se recuperar e tem procurado alimentá-lo de forma que ele mantenha sua independência.

Ela ressalta que é contra a criação de animais silvestres e só realiza a reabilitação por ser da área.

“Se ele decidir ficar pelas redondezas de casa e ficar voltando aqui, será algo por ele mesmo, caso ele identifique esta área como parte do território dele. O mais comum é que ele vá embora em busca de alimento e parceiros para conviver em bando”, finalizou Madlene.

 

Fonte: G1

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