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Maior barreira de corais do mundo perdeu metade de sua cobertura

5 de junho de 2018
2 min. de leitura
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Um grande declínio na cobertura da Grande Barreira de Corais é um fenômeno que “nunca havia sido observado no registro histórico”, afirma um novo relatório do Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS).

O instituto periodicamente divulga os resultados de um programa de monitoramento de recife a longo prazo. Cada recife da costa de Queensland é visitado por pesquisadores a cada dois anos para avaliar sua condição e cobertura de corais.

Foto: Divulgação

Os resultados mais recentes, divulgados na terça-feira (05), detalham como grandes eventos de branqueamento em 2016 e 2017 impactaram em diferentes regiões do recife. A AIMS informou que não existem registros anteriores de branqueamento ocorridos em anos sucessivos.

“Nos mais de 30 anos de monitoramento pela AIMS, os recifes da Grande Barreira de Corais mostraram sua capacidade de recuperação após distúrbios. Mas essa ‘resiliência’ claramente tem limites”, diz o relatório.

Os recifes deverão levar mais tempo para se recuperar, considerando que a taxa de crescimento permaneça a mesma. Mas levando em conta a diminuição dos intervalos entre os distúrbios, como altas temperaturas oceânicas, o período de recuperação pode se tornar mais lento.

corais sofreram o fenômeno de branqueamento
As consequências das mudança climática são tempestades mais fortes e eventos de branqueamento mais frequentes e intensos. Foto: Universidade de Queensland

Os recifes na região norte da barreira foram os mais afetados pelas ondas de calor marítimas induzidas pelo clima, e perderam cerca da metade de sua cobertura de coral.

A seção central também sofreu uma perda significativa devido ao branqueamento de corais e à contínua propagação do surto de coroa-de-espinho, cnidário predador de corais.

No total, a cobertura da Grande Barreira diminuiu de 22% em 2016 para 14% em 2018.

“A escala geográfica do recente branqueamento significa que as populações reprodutoras de corais foram dizimadas em grandes áreas, reduzindo as fontes potenciais de larvas para recolonizar os recifes nos próximos anos”, diz o relatório.

“Precisamos que o governo veja isso como uma crise nacional. Somos responsáveis ​​pela proteção e conservação deste tesouro mundial. Temos uma obrigação legal e moral de cuidar disso “, disse Imogen Zethoven, da Associação Australiana de Conservação Marinha.

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