A Temporada 2010 de Observação de Baleias-francas (whale watching), no litoral sul de Santa Catarina, começou atrasada em 2010 e deve se estender até novembro. A informação é do empresário Enrique Litman, proprietário do Grupo Vida Sol e Mar, que inclui a agência responsável pelo whale watching.
Uma baleia-franca fêmea (foto) que passeava pelo litoral catarinense foi apelidada de Daiane dos Santos pelo jeito de “ginasta” e pela graciosidade dos movimentos, tal qual a ginasta gaúcha internacionalmente conhecida. A baleia Daiane encantou turistas durante um passeio nas imediações da Praia do Rosa (Imbituba/SC), região que compõe a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia-Franca.
De acordo com Litman, a temporada das baleias-francas no litoral catarinense, neste ano, deve se estender por mais tempo. “Em pleno agosto temos avistado grupos de indivíduos ‘singles’ e em acasalamento. Isso nos permite afirmar que a temporada está ‘atrasada’, já que não existe a predominância absoluta de mães e filhotes, repetindo o que ocorreu na Península Valdéz, na Argentina”, situa Litman. Sorte dos brasileiros, que assim podem ver os gigantes dos mares em setembro, outubro e novembro, meses mais quentes que os do início da temporada das francas (julho e agosto).
Os passeios de whale watching – realizados em embarcações construídas especialmente para este fim – duram, em média, uma hora e meia e contam com a orientação de biólogos do Instituto Baleia-Franca (IBF), que repassam aos turistas informações sobre o comportamento dos animais, importância histórica e necessidade de preservação da espécie. A agência responsável – Turismo Vida Sol e Mar – é licenciada pelo Ibama, reconhecida pela Embratur e cumpre à risca a legislação vigente para aproximação das baleias.
Rainha dos mares do Sul
A baleia-franca austral vive na Antártida e, com a chegada do inverno, migra para águas mais quentes para se acasalar. Após um gestação de 12 meses, a baleia volta à mesma baía para dar à luz e amamentar seu filhote. Uma fêmea adulta tem até 18 metros de comprimento, peso de 40 toneladas e pode chegar a 80 anos. No mundo, mais de 12 milhões de pessoas por ano praticam a observação de baleias em 87 países, movimentando 2,4 bilhões de dólares.
Fonte: EcoAgência