Uma baleia de 13 metros foi encontrada na proa pela tripulação do navio petroleiro na cidade de Kurashiki, na província de Okayama, em 20 de setembro de 2021.

Ao chegar no porto de Mizushima, eles perceberam que o mamífero aquático já estava morto. O petroleiro navegou pelo Oceano Pacifico até o porto sem ter conhecimento da colisão com a baleia.

Um porta-voz do Departamento de Guarda Costeira de Mizushima disse ao veículo local Yomiuri, que os órgãos responsáveis de Kurashiki irão rever medidas para evitar futuros acidentes.

O Instituto de Pesquisa de Cetáceos afirmou ao veículo que o animal parecia ser uma baleia-comum ou baleia-fin, considerada ameaçada de extinção, devido a superfície corporal do mamífero. A espécie pode chegar a 40 toneladas. Não há informações de investigação ou da empresa envolvida no acidente.

Apesar do caso ter sido um acidente, a caça predatória de baleias no país vem aumentando nos últimos anos. Em 2019, o Japão deixou a Comissão Baleeira Internacional (CBI), órgão que participava desde 1986 e que vetava a prática para fins comerciais.

A caça “para fins científicos”, que tinha sido suspensa desde 1988, também obteve autorização governamental.

De acordo com Hisayo Takada, Diretor de Programas do Greenpeace Japão, a caça para fins comerciais de mamíferos marinhos está devastando o ecossistema marítimo.

“Cada vez mais as baleias são valorizadas pelo papel crucial em nossos oceanos, mantendo o CO2 em seus corpos por muito tempo, como árvores”, disse o diretor, em entrevista à NSC Total.