Os oceanos restringem os fluxos de energia vital entre diferentes espécies do ecossistema marinho, diminuindo a quantidade de alimentos disponíveis para animais maiores – principalmente peixes – no topo da cadeia alimentar, segundo um estudo publicado na revista PLOS Biology.
Isso pode ter sérias implicações para os estoques de peixes, explicou Ivan Nagelkerken, professor de ecologia marinha na Universidade australiana de Adelaide e um dos autores da pesquisa.
Globalmente, cerca de 56,5 milhões de pessoas praticaram a pesca e a aquicultura em 2015, revelam os últimos dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Além disso, quase um quinto da proteína animal consumida por 3,2 bilhões de pessoas em 2015 é originária de peixes, informa a FAO.
As descobertas mostram que o Acordo Climático de Paris, feito em 2015 para combater o aquecimento global, deve ser cumprido “para proteger nossos oceanos do colapso e da perda de biodiversidade”, segundo a Reuters.
No acordo, líderes mundiais concordaram em limitar o aumento das temperaturas globais para um patamar de 1,5°C a 2°C Celsius acima da época pré-industrial.
Porém, a ONU alertou que o mundo deve enfrentar um aumento de 3°C até 2100. Pesquisas recentes mostraram também a falta de oxigênio nos oceanos, outra consequência do aquecimento global.