Ratos, cachorros e chinchilas usados em laboratório foram lembrados em um memorial improvisado neste domingo (23), nos Estados Unidos.
Os animais estavam entre os que foram usados em pesquisas médicas no Centro Médico Albany e seu uso foi alvo de protesto por parte de um grupo de ativistas pelos direitos animais. O grupo, chamado “Adirondack Animal Rights”, planeja fazer manifestações mensais na esquina das avenidas New Scotland e Holland até que o hospital estabeleça métodos substitutivos à experimentação animal.
“Espero que eles parem e pensem sobre o que está acontecendo”, disse Jessica Ryle, a fundadora do grupo, em meio ao barulho dos carros e buzinas.
A faculdade de Medicina de Albany usa uma variedade de animais em testes, o que eles justificam como um benefício para a ciência, de acordo com seu relatório anual no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Entre os animas que sofreram “dor ou estresse” nos testes realizados pela faculdade estavam 12 cães, 13 coelhos, 38 porcos, 2 cabras e 116 chinchilas.
Testes assim estão acontecendo em todos os centros de pesquisa médica dos Estados Unidos, segundo o porta-voz do hospital de Albany, Greg McGarry. Ele disse que os testes são necessários enquanto “há crianças morrendo de câncer”, pois “é assim que avanços médicos são descobertos”. “Acreditamos que, enquanto houver essas doenças terríveis que afligem humanos e animais, temos muito a aprender com esses estudos em animais”, declarou Greg. Ele também disse que alguns desses testes que estão sendo conduzidos em animais agora no hospital de Albany incluem pesquisas para limitar os efeitos de um agente biológico mortal que os terroristas poderiam usar como arma, analgésicos não viciantes e um agente sintético que ajuda a combater o câncer de mama. Segundo ele, milhões de dólares estão sendo investidos nesses estudos.
Cerca de 12 manifestantes ficaram embaixo de sol forte por aproximadamente 3 horas no cruzamento das duas avenidas segurando placas com slogans que diziam: “Ratos e camundongos também sentem dor e medo”. Os seguranças do hospital ficaram de olho no protesto.
Michael Budkie, funcionário de um laboratório de pesquisas e fundador da “Stop Animal Exploitation Now” (Pare com a Exploração Animal Agora), viajou de Ohio para participar do protesto. Ele disse que as instituições favorecem a pesquisa com animais, embora seja “tecnologia ultrapassada”, porque traz muito dinheiro e ajuda a pagar as construções e os salários. Segundo ele, a pesquisa com células-tronco e tecnologia in vitro são alguns dos métodos modernos que transformaram os testes animais em práticas desnecessárias. Ele conduziu o memorial para conscientizar os transeuntes sobre o sofrimento que os animais passam no hospital de Albany.
“Queremos que as pessoas percebam o valor dos animais. Eles não são apenas parte do ambiente de laboratório”, disse Michael.
Fonte: Animal Concerns
