Dezenas de tutores e seus cães realizaram em Londres, Inglaterra, uma manifestação no último domingo, 4 de fevereiro, em solidariedade aos grupos de direitos animais espanhóis, que estão protestando contra a prática contínua de caça com cachorros e a exclusão desses animais da nova Lei de Bem-Estar Animal, que proíbe que eles trabalhem.
Na Espanha, o protesto foi convocado pela ONG ‘No a la Caza’ (Não à Caça ou NAC) e milhares de pessoas compareceram em 47 cidades em todo o país. Os tutores foram acompanhados por cães de raças comumente usadas na caça e que estão sujeitas a um nível desproporcional de abuso e abandono.
A organização se mobiliza em massa todos os anos em fevereiro, para coincidir com o fim da temporada de caça. A porta-voz do NAC, Mia Rojo, aproveitou a oportunidade para destacar que a Espanha é agora o único país da União Europeia onde a caça com esses cães ainda é permitida por lei. Ela também criticou a influência do “lobby da caça” na criação de leis relacionadas ao bem-estar animal.
Rojo argumentou que o lobby pressionou o governo para remover certas especificações da legislação, resultando em uma falta de proteções para os animais. Ela defendeu uma lei abrangente de bem-estar animal que priorize os animais e não os interesses econômicos. Além de abordar práticas de caça, o NAC também destacou a questão da seca na Espanha, que representa uma ameaça à vida selvagem.
A ONG instou os legisladores a considerar o impacto da seca na biodiversidade e a proteger aves e mamíferos da atividade de caça. De acordo com a NAC, é crucial garantir que os animais sejam protegidos contra danos e que seus direitos sejam respeitados. O protesto serviu como um lembrete da necessidade de leis de bem-estar animal mais fortes e de uma maior conscientização sobre o tratamento dos animais na sociedade.