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CALOR EXTREMO

As altas temperaturas que atingem diversos países da Europa no auge do inverno

As ondas de calor se tornaram mais frequentes, mais intensas e mais longas por causa das mudanças climáticas induzidas pelo homem

21 de janeiro de 2023
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O clima estava excepcionalmente quente durante as festas de Natal na Espanha

As temperaturas de janeiro atingiram o nível mais alto de todos os tempos em vários países da Europa.

Recordes nacionais foram batidos em oito países — e recordes regionais em outros três.

Varsóvia, capital da Polônia, registrou 18,9°C no domingo (1°/1), enquanto a temperatura na cidade de Bilbao, norte da Espanha, chegou a 25,1°C — mais de 10°C acima da média.

O clima ameno é observado na Europa, enquanto a América do Norte enfrenta fortes tempestades, dias depois de uma onda de frio mortal no inverno ter deixado mais de 60 mortos.

Neve pesada e chuva congelante estão previstas para regiões ao norte do Meio Oeste, enquanto fortes tempestades e tornados são esperados nos Estados do Texas, Oklahoma, Arkansas e da Louisiana.

Mas, no lado europeu do Atlântico, o clima tem sido ameno em muitos lugares neste início de ano.

Altas temperaturas têm afetado estações de esqui como essa na Áustria

As temperaturas em Holanda, Liechtenstein, Lituânia, Letônia, República Tcheca, Polônia, Dinamarca e Belarus bateram recordes nacionais.

Os recordes regionais foram quebrados na Alemanha, França e Ucrânia.

A temperatura alcançada em Varsóvia em 1º de janeiro foi 4°C superior ao recorde registrado previamente para o mês; e o recorde alcançado em Belarus foi de 16,4°C — cerca de 4,5°C acima do anterior.

Na Espanha, as temperaturas no primeiro dia do ano em Bilbao foram equivalentes à média de julho, e partes da Catalunha, incluindo Barcelona, ​​estão sujeitas a restrições no uso da água.

Recordes são quebrados o tempo todo, mas é incomum que a diferença seja superior a alguns décimos de grau.

Na Suíça, as temperaturas atingiram 20°C, e o clima quente afetou as estações de esqui nos Alpes, que sofreram escassez de neve.

Mas não está quente em todo lugar na Europa — há previsão de frio e neve em partes da Escandinávia e Moscou, onde as temperaturas devem cair para -20°C no fim de semana.

Apenas alguns dias antes, Reino Unido, Irlanda, França e Espanha declararam 2022 como o ano mais quente já registrado.

No Reino Unido, todos os meses, exceto dezembro, foram mais quentes que a média. Em dezembro, nevou em grande parte do país, embora as condições sejam mais amenas e úmidas agora.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o meteorologista Scott Duncan afirmou que as causas da série de recordes eram difíceis de determinar, com o fenômeno climático La Niña e o calor anômalo nas superfícies do mar desempenhando um papel importante.

“Nossa atmosfera e oceanos aquecidos estão tornando os recordes mais fáceis de quebrar”, declarou Duncan à publicação.

As ondas de calor se tornaram mais frequentes, mais intensas e mais longas por causa das mudanças climáticas induzidas pelo homem.

Mas fenômenos como esses no inverno não têm o mesmo impacto humano que as ondas de calor do verão, que podem resultar em um grande número de mortes.

O mundo já esquentou cerca de 1,1°C desde o início da era industrial, e as temperaturas continuarão subindo, a menos que os governos de todo o mundo reduzam drasticamente suas emissões de gases causadores do efeito estufa.

Fonte: BBC

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