Nos últimos 50 anos, a quantidade de água no oceano aberto sem oxigênio aumentou mais de quatro vezes. Nos corpos aquáticos costeiros, incluindo estuários e mares, os locais de oxigênio reduzido aumentaram mais de 10 vezes desde 1950. Os cientistas esperam que o oxigênio continue caindo até mesmo fora dessas zonas enquanto as temperaturas da Terra aumentam.
“O oxigênio é crucial para a vida nos oceanos. O declínio do oxigênio do oceano é o mais sério dos efeitos das atividades humanas no meio ambiente da Terra”, diz Denise Breitburg, principal autora e ecologista marinha do Smithsonian Environmental Research Center.
Para interromper o declínio, o mundo precisa controlar as mudanças climáticas e a poluição dos nutrientes, segundo uma equipe internacional de cientistas, incluindo Lisa Levin, oceanografia biológica da Scripps Institution of Oceanography na University of California San Diego, em um novo estudo publicado no Science.
De acordo com a pesquisa, existem mais de 32 milhões de quilômetros quadrados de oceano com baixos níveis de oxigênio em uma profundidade de 200 metros. Isso equivale a uma área maior que os continentes da África ou da América do Norte, o que é um crescimento de aproximadamente 16$ desde 1950.
Alguns baixos níveis de oxigênio nos oceanos são naturais, mas não dessa forma, explicou Breitburg. Uma combinação das mudanças nos ventos e correntes – provavelmente devido às mudanças climáticas – tem feito com que o oxigênio fique na superfície, informa o India Today.
Além disso, a água mais aquecida não possui tanto oxigênio e uma menor quantidade de oxigênio se dissolve e entra na água. O branqueamento de corais é causado por águas mais aquecidas, que estão a quase 1°C acima das temperaturas mais altas que são comuns de uma região.