O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, rejeitou um desafio proposto por um menino de nove anos de adotar uma dieta à base de vegetais. O republicano afirmou que não faria a mudança por medo “de perder células cerebrais”.
A informação foi relevada no livro “I’ll Take Your Questions Now: My Time in the Trump White House”, escrito por Stephanie Grisham, ex-porta-voz da Casa Branca e publicado na última terça-feira (5). Trechos do livro foram divulgados pelo site norte-americano Politico.
O desafio foi proposto pelo ativista de nove anos conhecido como Vegan Evan em 2019. Na época, ele fez o convite em nome da campanha “Make America Healthy Again”, da organização Million Dollar Vegan.
Evan propôs a Trump que se ele seguisse uma dieta vegana ou vegetariana por um mês, a organização doaria um milhão de dólares aos veteranos.
Stephanie Grisham comentou sobre como o ex-presidente lidou com a situação:
“Eu era diretora de comunicação na época e perguntei de brincadeira ao presidente se ele consideraria fazer isso, já que o desafio garantiria muito dinheiro para uma boa causa. Eu sabia que ele adorava seus bifes e cheeseburgers, mas um mês não parecia muito tempo.”
“Não não. Isso mexe com a química do seu corpo, seu cérebro”, disse Trump, oferecendo sua opinião sobre dietas vegetarianas. “E se eu perder pelo menos uma célula cerebral, estamos ferrados”.
Desinformação
As informações declaradas pelo ex-presidente não são cientificamente comprovadas.
Diversos estudos conduzidos por universidades ao redor do mundo apresentam melhorias na condição física e na redução de risco de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes com a adoção de uma dieta à base de vegetais.
Um estudo publicado em junho de 2020 pelo Journal of the American College of Nutrition trouxe novos dados sobre a dieta que dispensa qualquer produto de origem animal.
Foi a primeira pesquisa a conseguir provar que existe uma correlação entre a dieta à base de plantas e o envelhecimento.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas que seguiam este tipo de alimentação eram 50% menos propensas a desenvolver doenças crónicas como diabetes tipo II, câncer ou doenças cardíacas.
