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Animais silvestres lutam para sobreviver à cheia no Pantanal de MS

23 de março de 2011
2 min. de leitura
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Por Tiago Claus  (da Redação)

Segundo o jornal Bom Dia Brasil, o cenário é desolador. Do alto é possível ver estradas e pastos alagados, sedes de fazendas ilhadas. A cheia inesperada no Pantanal de Mato Grosso do Sul também atingiu a estrada Parque, que é um corredor turístico.

Os animais silvestres procuram refúgio nas poucas áreas que ainda se mantêm secas. Os caminhos de acesso às fazendas sumiram e algumas sedes foram abandonadas pelos proprietários.

“Está ficando complicado, então todo mundo está indo embora. Não tem mais o que fazer”, conta Marcos Wanderley. “De um dia para o outro se nota, mais ou menos, um palmo de altura acima do aterro”, diz um homem.

Um trecho, que mais parece uma correnteza de um rio, é um trecho da estrada Parque. Mais de 70 quilômetros dos quase 130 quilômetros da via estão interditados. Em alguns trechos é impossível passar pois pontes foram levadas pela força da água.

A situação da estrada está dificultando o trabalho de retirada de bois e vacas por caminhões. Já do outro lado do rio, caminhões que conseguiram atravessar estão cheios de bois debilitados. Um bezerro fraco é pisoteado por outros animais em um dos caminhões. “O estado dos animais que estamos transportando é fraco porque está preso, sem comer”, conta o caminhoneiro Paulino Campos.

Alguns animais nadam sem rumo, buscando um pedaço de terra seca para se abrigar. Outros não resistiram ao excesso de esforço e à falta de comida, morrendo no meio da água. “É terrível. Horrível. Uma coisa que os próprios pantaneiros nunca viram igual: animais morrendo, pessoas ilhadas sem terem condições de se mover. Está terrível. Está feio”, lamenta Catarino Gimenez.

Nota da Redação: Mais uma catástrofe potencializada pela indústria da carne. A tragédia teria sido menor se o homem não mantivesse tantos animais presos. Animais são inseridos aos milhares num ambiente que não é seu habitat, e quando as cheias chegam, a culpa é da natureza. Desolador é ver o ser humano lutando com suas contradições, sem usar sua inteligência e recursos para o bem de todos os seres.

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