Por Amy Sacks
Tradução por Giovanna Chinellato (da Redação)
Mickey e Jo foram resgatados juntos das águas congelantes do Parque Inwood Hill (Nova York) e passaram algum tempo separados em reabilitação. Depois de reunidos, porém, os patos de muskovy estavam obviamente contentes e amorosos.
“Eles correram um para o outro grasnando gentilmente e então se ‘abraçaram’, envolvendo seus pescoços um sobre o outro, para admiração e espanto de todos por aqui”, disse Jenny Brown, cofundador da Woodstock Farm Animal Sanctuary (Fazenda-Santuário para Aves), uma entidade não governamental que resgata animais de fazendas de criação. “O amor entre animais na fazende de 20 acres não é incomum, mesmo entre espécies diferentes”, ela diz.
Tal foi o caso de Olivia, uma cabra, e um bezerro chamado Dylan. O casal improvável pastava e dormia junto, de lados opostos da cerca. “O sofrimento de Dylan foi bem aparente quando Olivia morreu”, disse Brown.
A ciência vem questionando se os animais são capazes de amar. Mas qualquer um que conviva com um animal sabe que eles sentem uma vasta variedade de emoções, incluindo raiva, felicidade, tristeza, desgosto, medo e surpresa.
“Animais têm uma forte capacidade para amar uns aos outros”, disse Marc Bekoff, um professor de ecologia e biologia da evolução na Universidade do Colorado e autor de A Vida Emocional dos Animais.
Bekoff diz que existem consideráveis evidências provando que muitos animais são capazes de sentimentos tais como variedades do amor. Muitas espécies têm sua química cerebral idêntica ou similar à nossa, o que nos permite amar.
Em seu novo livro, Manifesto Animal, Bekoff alerta-nos a termos mais consideração em nossas relações com os animais. Uma forma é se comprometer a se importar com o animal que segue nosso estilo de vida, do berço à sepultura.
Cães e gatos formam laços – entre eles e conosco – e é por isso que nós queremos enchê-los de amor, diz a dra. Stephanie LeFarge, diretora do departamento de aconselhamento da ASPCA. “Eles sacrificam sua vida por nós e põem nossos sentimentos acima dos seus próprios”, ela notou.
Com certeza se parece com amor quando minha cachorra Ruby me recebe à porta, fazendo uma dancinha contente e meias cambalhotas, e quando meus gatos ficam na porta. Mas será que estão apenas excitados com uma possível recompensa? “Animais são loucos para agradar os outros”, LeFarge disse. “O animal fica feliz em ver você, e não é por causa de um biscoitinho qualquer”. Na verdade, uma boa recepção é um convite a se sentir bem e o começo de uma ligação humano/animal.
Animais nos fazem amar. E com o dia dos namorados chegando (nos EUA, a data é comemorada em 14 de fevereiro), existem inúmeras maneiras de presentear os animais de nossas vidas com amor: um tratamento de SPA, guloseimas, uma nova roupinha ou uma boa noitada em um hotelzinho amigo dos cães são apenas algumas ideias.
Entretanto, Bekoff diz que a melhor forma de declararmos nosso amor para nossos companheiros patudos e peludos é tratá-los com respeito e dignidade, nos ligarmos a eles, alimentá-los adequadamente e lhes fornecer conforto. “É assim que os respeitamos como indivíduos”, ele disse.
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Fonte: NY Daily News