Por Bruna Araújo (da Redação)
Uma cervejaria do estado americano do Maine criou uma cerveja que é fermentada com lagostas vivas. As informações são do portal G1.
O mestre cervejeiro Tim Adams, da cervejaria Oxbow, afirma que as lagostas são colocadas vivas em um samburá (saco de lona) e suspensas em um caldeirão cheio de mosto (líquido de malte e água, uma das fases da fabricação da cerveja). Os animais são cozidos vivos durante o processo de fabricação da bebida.
A cerveja foi batizada de “Saison Dell’Aragosta” e saiu em edição limitada.
Quando questionado sobre o destino final dos animais, o cervejeiro conta que os animais são “reaproveitados” para consumo humano.
Senciência de crustáceos
O pesquisador de comportamento animal Robert Elwood, da Universidade de Belfast, publicou em 2013 um estudo comprovando que crustáceos são tão sensíveis à dor quanto qualquer animal vertebrado. Após publicar seu estudo na revista científica Nature, Elwood sugeriu que lagostas e outros crustáceos fossem incluídos em todas as leis que protegem os direitos animais. “Espero que com o resultado desse estudo esses animais recebam a mesma atenção que animais vertebrados como cães, gatos e ratos, e sejam poupados de mortes tão dolorosas como serem cozidos vivos, por exemplo”, pondera o pesquisador.
Nota da Redação: Retirados de seus habitats, mortos com requinte de crueldade e descartados como objetos: esse é o destino de milhões de animais em todo o planeta. É preciso que a humanidade se conscientize sobre a injustiça presente em todas as formas de exploração animal. O primeiro passo para mudar essa realidade não é apenas excluir a carne e derivados de produtos animais de nossas dietas, mas sim adotar uma postura crítica e ética buscando diariamente informações sobre todo e qualquer produto ou atividade obtida, direta ou indiretamente, através de crueldade contra animais para que tais coisas sejam abolidas definitivamente de nossas vidas.
