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CALOR EXTREMO

América do Sul e África tiveram em janeiro o calor mais quente da história

Monitoramento da agência americana NOAA observa eventos do mês, como incêndios florestais no Chile

19 de fevereiro de 2024
Redação Um Só Planeta
3 min. de leitura
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Foto: Dirección de Prensa, Presidencia de la República de Chile | Wikimedia Commons

O planeta teve seu mês de janeiro mais quente já registrado neste início de 2024, afirmam pesquisadores do observatório NOAA, órgão que monitora questões de oceano e fenômenos atmosféricos a partir dos Estados Unidos.

As temperaturas recorde na África e na América do Sul puxaram para cima a média mundial, com destaque para os incêndios florestais no Chile, que já fizeram 135 vítimas confirmadas. O fogo atingiu ao menos 14 mil casas na maior emergência do tipo já registrada no continente, observa o NOAA.

As temperaturas de janeiro estiveram acima da média também no Ártico, nordeste da América do Norte, Rússia central, Ásia e Austrália, que enfrenta calor e também muita chuva.

A temperatura média global da superfície terrestre e oceânica foi de 1,27ºC acima da média do século 20, permitindo a classificação como janeiro mais quente no registro climático global de 175 anos. O recorde anterior era de janeiro de 2016.

As medições do NOAA levam em conta a média de temperaturas registradas desde o ano de 1850.

Janeiro também registrou uma temperatura mensal recorde da superfície dos oceanos globais pelo décimo mês consecutivo, afirma a agência.

A influência do fenômeno El Nino, que vem aquecendo as águas do Pacífico Norte desde junho, continuou em janeiro e, de acordo com o Centro de Previsão Climática da NOAA, é provável que siga assim até ao menos o mês de abril, podendo estender-se até junho, quando deve entrar em ação o fenômeno “irmão” La Niña, que exerce efeito contrário sobre o Pacífico e na distribuição de umidade pelo planeta.

Apesar de estarmos no começo do ano, já existe uma chance matemática de 99% de 2024 figurar entre os cinco anos mais quentes já registrados, afirmam os pesquisadores.

Um ano acima dos 1,5ºC

Janeiro marcou ainda o primeiro período de 12 meses em que as temperaturas ficaram em média mais de 1,5°C acima dos tempos pré-industriais, informou na quinta-feira (8) o serviço de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia.

“É um marco significativo ver a temperatura média global durante um período de 12 meses exceder 1,5ºC acima das temperaturas pré-industriais pela primeira vez”, disse Matt Patterson, físico atmosférico da Universidade de Oxford, à Reuters.

O anterior janeiro mais quente, segundo o monitoramento europeu, foi em 2020, de acordo com os registros do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S), que remontam a 1950.

Fonte: Um Só Planeta

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